Maria Luíza, depois da morte de sua mãe, decide que está na hora de mudar de vida, e acaba aceitando a proposta de sua melhor amiga de dividir apartamento com a mesma em Nova York.
Junto com essa mudança, ela consegue também um emprego em um dos me...
"Não consigo gostar de alguém por etiqueta ou por obrigação..." -Marco Callistri
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Meio de novembro. 07:45hs; New York.
Me enrolei mais um pouco em meu cobertor, estava uma noite fria em New York.
Havíamos voltado da viagem pouco tempo depois da hora do almoço; Adam me deixou em casa e nós pretendíamos almoçar juntos, porém ele recebeu uma ligação de Park dizendo que precisariam fazer uma viagem de urgência para Los Angeles.
Então aproveitei para matar a saudade durante quase toda a tarde. Agora eu estava na sala, enrolada em uma coberta, assistindo o filme Esposa de Mentirinha e esperando Karen chegar do trabalho, coisa que aconteceria em poucos minutos já que…
- Ah Meu Deus! - E ela chegou.
Segundos foram necessários para que eu pudesse sentir Karen se jogar em cima fazendo nós duas cairmos do sofá.
-Você tem que parar com essa mania! - Falei um pouco alto enquanto estragava as costas que agora doíam devido à queda.
- Eu senti sua falta! - Ela falou ignorando meu comentário e me abraçando por trás.
- Eu não deveria, mas senti sua falta também! - Falei e senti um tapa leve sendo deixado na minha cabeça.
-Idiota. - Disse se sentando no sofá.
-Idiota que você ama. - Retruquei me sentando ao seu lado e vendo a mesma revirar os olhos.
-E Paris é legal? - Me perguntou mudando de assunto.
-Ai Karen, aquele lugar é incrível. A Torre Eiffel é tão linda de perto, eu tirei várias fotos. - Falei me lembrando daquele paraíso.
-Imagino, toda vez que eu te mandava mensagem você respondia só o básico, deve ter andado muito ocupada… - Falou e eu ergui a sobrancelha encarando a mesma.
- Eu sei bem onde você quer chegar. - Disse entendendo a mensagem escondida em sua fala.
- Já que sabe, adianta logo o assunto. Rolou ou não? - Perguntou e eu vendo sua curiosidade fiquei alguns segundos em silêncio antes de responder.
-Rolou.
Um grito tomou conta do apartamento assim que calei a minha boca. Olhei para ela de olhos arregalados e joguei uma almofada.
-Pare de gritar sua maluca! - Falei sério.
-Tenho que comemorar, já que vou ter um sobrinho. - Olhei para a mesma de cenho franzido.
-Sobrinho? Karen nós nos cuidamos! - Falei e ela deu de ombros.
-E daí? Camisinhas estouram, pílulas do dia seguinte falham, nenhum método contraceptivo é cem por cento eficaz! - Falou me assustando.
