Cap17

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Lola Sanches

7 anos depois

o frio de cuba me abraçava fortemente, eh! eu tinha voltado para as minhas raízes finalmente! não aguentava tudo aquilo.

meus pais tinham continuado lá, tinha me formado em engenharia de alimentos e amava mesmo com dificuldades eu consegui, e agora trabalhava como avaliadora de qualidade de um restaurante de 5 estrelas michelim, era tipo uma chefe do chefe de cozinha sabe?

recebíamos muitos turistas e burgueses na maioria políticos. meu celular toca e quando vejo o nome logo me apresso a atender

-MÃE!

theo grita eufórico. 

-filho! você não precisa gritar

-quando você vem? tia Ângela não sabe brincar e quero tomar sorvete mamá

o menino de olhos claros e cabelos claros escorridos era a minha fraqueza, apesar de não ter puxado sequer um pouco da minha melanina, os genes fortes do pai não o permitiram.

-eu já venho ok?obedeça sua madrinha!

sim! parece cliché mas eu estava grávida quando decide mandar Alexander pro espaço, e descoberto que ele era abusivo comigo. mas theo foi o único presente de valor que alexânder me deixou e hoje eu o cuido como se fosse meu tesouro, e nenhum dinheiro pode comprar o amor que theo trouxe para mim.

e se eu pudesse faria um acordo com deus para nada de ruim acontecer com meu pedaço de gente.

Ângela era uma americana que estava perdida aqui na cuba, quando eu ofereci ajuda e nos tornamos muito amigas, a primeira amiga, eramos como irmãs, e ela me ajudou desde o nascimento de theo quando meus pais ainda insistiam de eu contar para alexânder.

mas não! ele não merecia o amor de theo, ele não merecia ser pai. e eu não merecia passar por uma tempestade de novo...bom até o fim dessa noite

estava tudo normal, voltei para casa e levei meu filho para tomar um sorvete, estava tudo perfeito até theo começar a convulsionar no meio da rua para volta á casa, enquanto caminhávamos.

Ângela e eu entramos em desespero e fomos para um centro médico próximo, que não deu conta e o transferiu para um hospital renomado , afinal eu tinha dinheiro agora.

minhas pernas não paravam quieta, eu não sabia muito de medicina mas sabia que coisas boas não viriam se uma criança convulsionasse.

Ângela ligou para meus pais, que tentaram me acalmar mas nada resultou, era meu filho dentro daquela sala, meu...meu theo.

passos se aproximam e eu logo me levanto era o doutor

-lamentamos informar, mas seu filho tem uma anomalia no sangue, é preciso de um transplante do progenitor!

o quê? isso ecoa na minha mente

-theo não tem pai! 

afirmo com amargor!

-ha! se ele morreu! será muito difícil encontrar um sangue com todas células compatíveis com a do menino, já que existem muitas pessoas na fila de transplante...eu lamento, não é mortal, mas se ela ir se agravando poderá provocar danos irreversíveis na criança, como câncer cerebral por conta dos choques elétricos que as convulsões provocam.

senhor! porquê comigo? porquê com theo?

cheguei para casa, arrumando minhas coisas...pouquíssimas coisas, eu tinha construído toda uma vida na cuba e mais uma vez eu teria que abandonar.

arrumei poucas roupas de theo também, era tudo pelo meu filho e eu conseguiria. Ângela me acompanharia e pedi uma folga de 3 meses do meu emprego. 

eu estava indo direto para o inferno que eu lutei para sair, o futuro que eu sonhei estava se tornando escuro.


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