Doce Inferno

Cap26

alexânder betrovic

a casa estava silenciosa, e da boca de Lola não tinha saído um som sequer.

-onde estava?

perguntei, controlando a raiva e a tensão que se acumulava em meu corpo

-por aí!

ela respondeu com a expressão fria. me irritando

-por aí com Ivan Delanche?

sim! eu conhecia bem o filho da puta que havia deixado ela em casa, era um advogado conhecido no ramo nos esbarrávamos nas festas da alta sociedade.

-me responda Lola! 

theo que estava comendo as almondegas que a mãe preparou, parou e começou a prestar a atenção em nós.

-alexânder! por favor.

ela levantou da mesa indo para o seu quarto, e segui a mesma.

-se eu ver você andando mais uma vez com aquele sujeito, ou melhor com qualquer homem, eu vou terminar de fazer o que não fiz naquele carro quando apanhou carona de um filho da puta.

ela riu sarcástica.

-sabe! engraçado que ele é o mesmo cara de á sete anos atrás.o mesmo cara que me deu carona naquele frio enquanto você  estava tendo sua noite quente com chloe Adams,e para você eu sou apenas uma opção. sempre fomos muito diferente e você partiu meu coração mas sempre falha em mencionar esse detalhe.

eu não iria cair nesse papo, não antes de ter ela e meu filho debaixo do meu teto e sobre meu cuidado. eu estava perdendo a cabeça e estava sem palavras.

-você jogou tudo pro alto e me decepcionou! por isso não venha pensar que vai me conquistar á força, estou exausta. eu não posso te amar por mais que eu te ame, me supere alexânder.

era incrível que quanto mais eu tentava acabar com Lola, ironicamente ela brilhava mais e eu invejo isso nela. invejava a maneira que ela conseguia falar tudo que sente sem medo.sim essa era a grande verdade "eu sinto inveja de você Lola".

e por mais que meu cérebro diga "não confie nela" ou "não crie expectativas", aquela mulher me derretia com um toque só e eu sinto inveja dela por isso, por conseguir viver tão bem sem mim.

-arrume o necessário, quero que você e theo se mudem hoje para a minha casa. o resto mando virem buscar, vou estar esperando você.

ela se aproximou de mim tocando o meu braço suavemente e suspirando.

-nós podemos ir ao hospital amanhã fazer os exames? estou preocupada com theo.

estranhei seu comportamento, mas ela provavelmente só estaria preocupada com theo,o que me fez assentir simplesmente com a cabeça a mão dela em meu braço me distraía.

 me senti como um vilão e psicopata pela primeira vez.

-mas ele tem que ter os documentos, você pode adiantar isso?

sua voz nunca soou tão suave aos meus ouvidos.

-sim! mas tem que se afastar daquele homem Lola ou eu juro que...!

-sim! eu faço isso!

ela respondeu

era difícil saber quem manipulava quem, porque eu poderia ser fanático por essa mulher mas sabia que ela estava tentando me passar a perna e a mesma não escondia...o que me deixava confuso era como fogo pegando fogo não tinha sentido.

e foi com esse sentimento que os levei finalmente para minha casa, onde eu poderia ter controle sobre Lola e meu filho, e impedir que ela se aproximasse de qualquer homem.

uns chamam de cárcere privado, já eu chamo de zelar por eles.