Doce Inferno

Cap18

7 anos depois

alexânder betrovic

agora prestes a fazer 30 anos, eu me perguntava se valeu a pena. e a minha resposta todas as vezes era que não...não tinha valido a pena

minha vida era vazia ,não tinha nada nesse mundo que eu não pudesse ter apesar de meu cérebro insistir em trazer o nome dela a tona,Lola Sanches era um passado que eu queria manter enterrado bem no fundo da terra.

minha vida agora era assinar papeis atrás de papeis, e depois vagar entre os famosos bordeis de nova York, ou Itália já que agora eu não tinha nada que me prendesse aqui, eu vivia vagando pelos dois países.

depois dela, agora mulheres só serviam para me satisfazer e somente, o dinheiro me dava esse poder. a maioria só queria status e poder dizer que foi fodida por alexânder betrovic, elas consideravam isso como ganhar na loteria.

depois da morte de meu pai, fui obrigado a herdar todas as responsabilidades junto com dinheiro,precisei ser frio para lidar com tudo ao meu redor, calculei meu caminho e segui, uma noite virou uma semana que virou um ano e depois de 8 anos eu tinha me transformado, no bilionário que sou hoje.

eu era uma alma perdida,vivo mas quase não falo e a vejo em todos os lugares. parecia que além de Lola nada na minha vida seria mais relevante, nada faz sentido e o ar é pesado...eu odeio o que Lola fez comigo.

eu não estou louco eu apenas a amava de verdade e queria protege-la, era  para ser uma história de amor, mas se tornou no meu inferno, quando ela me deixou. 

apreciava a vista do alto do meu escritório depois de ter comido uma puta, não era uma qualquer afinal elas eram caras , mas faziam um belo trabalho e evito doenças, todas eram supervisionadas, as famosas "acompanhantes de luxo".

quando um número desconhecido liga, e poucas pessoas tinham o meu contacto privado então era estranho.

-alô?

disse apagando o meu charuto, alguns vícios nunca morrem

e nada se ouvia, só um vazio e uma respiração suave porém trémula

-se teme pela sua vida,nunca mais ligue para esse número cazzo!

-o que foi baby!

a prostituta ao meu lado diz fazendo uma massagem em meus ombros que de relaxante não tinha nada

-já falamos de toques loira!

disse em seguida desligando meu celular, e arrumando meu cinto, e logo a dispensei dando o seu pagamento.

e novamente o silêncio me consumiu, chequei minha agenda com minha secretária e vi que tinha conferência amanhã, para falar sobre a fusão de uma empresa de diamantes que eu tinha comprado ao preço de batata, eu sabia fazer negócios.

cansado do dia de hoje, pego meu palitó, e ando até a garagem subterrânea, que mandei construir por segurança eu não tinha muitos inimigos ou melhor ninguém tinha a coragem de ir contra mim mas eu era um alvo vulnerável da imprensa, já que eu estou sempre nela. eu não forçasse a minha imagem, eu era exatamente o que as revistas e sites diziam se não muito pior.