epílogo

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- LISA-YAH!!

O grito de Rosé se misturava com sua risada enquanto tentava ao mesmo tempo puxar ar para reclamar de sua namorada. Lisa tinha a loira nos ombros e corria pelo local onde estavam ensaiando durante a pausa. Tinha um sorriso gigante no rosto, segurando as pernas de sua garota e fugindo do completo nada.

Rosé tinha a desafiado a correr pelo local e dar dez voltas antes que Jennie voltasse. E claro, Lisa aceitou na hora.

Contudo, correu apenas três voltas com a garota em seu ombro, que batia em suas costas para parar e a descê-la porque estava com medo de que fossem cair. Parou seus pés de supetão, vendo a pequena figura adentrar o local. Jennie olhava as duas de cima a baixo com uma mão na cintura e as sobrancelhas arqueadas. Lentamente, Lisa retirou Rosé de seus ombros, colocando as mãos para trás feito criança.

- Estou atrapalhando? - disse firme, se aproximando passo por passo enquanto as mais novas engoliam em seco e negavam.

- Não, senhora Kim. - respondeu Lisa com os olhos arregalados.

- Hum, acho bom. Estou de olho, viu? Sem bagunça. - deu uma última encarada nas duas e saiu novamente, sumindo pelos corredores do grande lugar.

Estavam fazendo os últimos ajustes para o show de abertura do verão no Prelude Night. Não tocavam no local desde o outono e Lisa sentiu realmente falta, aliás foi ali em que começaram o caminho da banda. Era como tocar na sua cidade natal depois que se é famoso, a única diferença é que Lisa não era famosa. Ainda.

O inverno havia sido rigoroso e a tailandesa estava mais do que feliz de sentir o Sol na cara e a brisa refrescante e não a cortante que fazia as pontas de seus dedos vermelhas e petrificadas.
Gostava do verão, era como a vida depois da morte. A cidade parecia menos robótica e mais viva com as cores vibrantes em verde, amarelo e azul celeste.

Passou o natal com sua família e no final da noite, Rosé apareceu na porta de sua casa com um embrulho em mãos e um sorriso simpático. Lisa sabia que deveria ter sido um dia complicado, até porque era o primeiro natal sem Suzy, mas apenas por a ter ali sorrindo para si entendeu que a loira conseguiu passar por qualquer coisa que talvez pudesse ter acontecido.

Com a voz baixinha, conversaram naquela noite de natal durante a noite toda, depois de Lisa receber um Power Ranger verde feito de crochê por Rosé. Ela a estava ignorando durante alguns dias e agora entendia o motivo, estava focada em seu presente. Porém, Lisa não seria Lisa se não tivesse esquecido de comprar o presente de Rosé, então apenas convidou a garota para dormir ali com ela enquanto viam os flocos de neve banharem as ruas de Tóquio.

No último mês da estação fria, Rosé se pôs mais melancólica e quieta. Havia se passado o dia em que Suzy havia ido embora da sua vida para sempre e ter que aguentar o primeiro aniversário de sua morte foi terrível. Ela ainda estava passando pelo processo do luto, ainda conseguia ouvir a voz da garota quando estava sozinha, sentir seu cheiro em momentos inesperados e sonhar com as memórias que restavam vivas na sua mente.

Lisa esteve lá por ela, assim como Jennie e Jisoo que aprenderam sobre a história da loira. Foi difícil e extremamente doloroso para a tailandesa ver Rosé chorar tanto em seu ombro em uma noite que dormiu em sua casa. Mas era parte de um longo processo que Rosé estava passando desde quando soube.

Contudo, ela estava melhor e continuaria a melhorar.

A primavera havia sido totalmente incrível. Parecia que nunca tinha se divertido tanto em uma estação como naquela. Se encontrava com Rosé literalmente todo dia, fazendo com que elas tivessem que estabelecer pelo menos um dia longe da outra para propósitos de individualidade e privacidade, porque Lisa não conseguia nem ao menos almoçar sem a garota e Rosé não fazia nenhuma questão de deixar a morena sozinha. Rosé também havia viajado com a família da Lisa para o interior por alguns dias no feriado antes de seu aniversário em fevereiro.

given | chaelisaWhere stories live. Discover now