Capítulo 10 - Cartas na mesa

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- Irmãos isso que eu vou falar agora pode ser muuuito chocante - Disse Big completamente embriagado sendo carregado por Kinn e Vegas até o táxi - Mas eu e o Arm estamos ficando - Os amigos começaram a rir da "inesperada revelação" de Big - Eu sei ...

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- Irmãos isso que eu vou falar agora pode ser muuuito chocante - Disse Big completamente embriagado sendo carregado por Kinn e Vegas até o táxi - Mas eu e o Arm estamos ficando - Os amigos começaram a rir da "inesperada revelação" de Big - Eu sei que vocês não desconfiavam, mas eu precisava revelar, não posso mais esconder isso de vocês.

- Estamos realmente surpresos Big, não esperávamos isso mesmo - Kinn disse com ironia tentando não rir.

- Prometem que vão manter segredo?! - Exclamou agarrando o pescoço de ambos.

- Sim Big, vai ficar só entre a gente, prometemos, o importante é que você seja feliz - Ele sorriu com as palavras de Kinn quase caindo novamente.

- Apoiaremos você em qualquer coisa - Enfatizou Vegas.

- Vocês são incríveis - Beijou a bochecha dos amigos que se seguravam para não rir do estado dele, colocaram ele no veículo e pagaram a mais para o motorista se certificar de que ele havia entrado em casa.

 - Quando chegar me liga, ok?

- Kinn! - Gritou agarrando o amigo novamente - Diz pro Arm que ele é um tremendo gostoso e que eu quero namorar com ele - Disse meio sonolento, o efeito do álcool estava deixando ele grogue.

- É melhor você mesmo dizer quando estiver sóbrio - Ele sorriu para Vegas e caiu no banco desmaiando.

- Não vai ter jeito eu vou ter que ir com ele - Kinn disse conformado, Big não estava em condições de ir sozinho pra casa - Explica pro Porsche por mim - Vegas acenou positivamente - E não esquece, você teve sua resposta - Kinn disse sério se referindo ao fato de Pete ter bebido naquela rodada.

- Eu sei - Falou suspirando - Boa noite - Se despediu e voltou para a casa de Arm, ele ainda ia chamar o táxi para ir pra casa com Pete, antes do pai dele estranhar a demora.

No caminho curto até a sala ele não parou de pensar nas palavras de Kinn, sobre Pete ter virado o copo, ele ainda pensou na possibilidade dele estar bebendo pelo Arm mas ele mesmo já disse que não sentia nada por ele, e Big era meio fora de cogitação já que Pete o considera muito como um irmão, Porsche e Kinn com toda certeza não estariam na lista dele então...Só sobrava ele mesmo, mas como? Porque Pete gostaria de alguém como ele, que o arrancou para fora do armário e o perseguiu por anos, para Vegas não fazia o mínimo sentido e sua cabeça já estava fervendo de novo.

Na sala explicou a Porsche o motivo do Kinn precisar acompanhar o Big e se despediu acompanhado de Pete até o carro, ele notou que havia interrompido a conversa deles sobre algo importante, pelo modo como olharam em sua direção, será que Porsche estava falando sobre isso com Pete da mesma maneira que Kinn havia falado há poucos minutos, ele se perguntou isso durante o trajeto.

Eles estavam em silêncio por todo o caminho até Pete falar.

- O senhor pode parar aqui por favor? - Perguntou ao motorista que apenas assentiu e estacionou em uma praça que ficava próximo da rua deles, Vegas ficou sem entender nada e apenas assistiu Pete pagar a corrida e sair do carro - Você vem? - Perguntou ele ao ver que Vegas continuava sentado paralisado.

Ele saiu do carro meio sem jeito e viu o motorista puxar o veículo até sumir do seu campo de visão, deixando eles sozinhos naquela praça deserta.

- Por que pediu pra-

- Você bebeu naquela rodada - Pete o encarou sério interrompendo sua indagação, as mãos de Vegas começaram a ficar frias pelo nervosismo que se instaurou nele.

- Você também - Respondeu rápido e eles se encararam por um tempo.

- Por que? - Questionou Pete, ele também estava cansado de suposições e queria entender logo tudo aquilo.

- Eu não sei - Vegas disse sem conseguir sustentar o olhar por mais tempo, mas se sentiu desesperado ao ver que Pete estava indo embora - Espera! - Agarrou o braço do garoto o obrigando a parar.

- Não quero estragar nossa amizade com isso - sua voz estava trêmula e ele parecia envergonhado - Desculpa, eu não devia ter começado essa conversa - Disse Pete se segurando para não chorar.

- Mas não dá mais pra continuar desse jeito, não suporto ter que fingir, porque eu não quero mais ser seu amigo - Pete o olhou assustado beirando as lágrimas - Não quero ser só seu amigo - Enfatizou Vegas com medo dele ter entendido errado.

- Você está falando sério, certo? Porque eu não vou suportar se isso fizer parte de alguma brincadeira - Falou sem conseguir conter as lágrimas que escorriam sem permissão pela sua bochecha.

- Eu nunca brincaria com isso, Pete desde aquela noite eu não consigo parar de pensar em você, na verdade acho que mesmo antes daquele jantar eu nunca parei de pensar em você - Vegas começou meio trêmulo - Acontece que eu fui estúpido por não procurar entender o que isso significava antes. Achei que você só me queria como amigo.

- Você nunca foi bom de enxergar as coisas ao seu redor.

- Kinn me disse exatamente isso hoje a noite - Sorriu aliviando um pouco a tensão daquele momento - Mas detesto admitir que ele está certo.

- Sobre o que? - Vegas se aproximou ficando a poucos centímetros do outro.

- Sobre eu estar apaixonado por você.

Pete ficou sem resposta, mas de uma coisa ele tinha certeza, ele precisava dos lábios de Vegas, não importava mais se estava traindo todos os seus escudos de defesa para não se machucar, ou se aquilo significava jogar pelo ralo todos os anos em que se esforçou para repelir Vegas e toda a carga de sentimentos misturados que ele sentia toda vez que o via.

Ele esqueceu de tudo isso e pôs fim na distância entre eles, selando de modo tímido os lábios macios do garoto a quem até pouco tempo atrás não queria ter por perto.

Vegas após ele dar o primeiro passo aprofundou o beijo, segurou os cabelos sedosos de Pete entre seus dedos para lhe permitir mais contato com o interior dele, os seus lábios tinham gosto de morango e isso combinava muito com Pete o que fez Vegas sorrir entre uma pausa e outra, eles não saberiam dizer quanto tempo ficaram naquilo, eles encerravam o contato por alguns segundos e já voltavam um para o outro, como se esperassem por isso desde vidas passadas, Pete agora abraçava o corpo de Vegas que ainda segurava e acariciava seus cabelos durante o beijo.

O mundo parou naquele momento para ambos, eles não estavam ligando para a hora ou o local em que estavam, não passou pela cabeça de Pete que ele provavelmente ficaria encrencado pela demora para retornar pra casa, porque os lábios de Vegas eram alucinantes o suficiente para fazê-lo esquecer de todo o resto.

A única coisa em que ambos pensavam é que a partir daquele momento não conseguiriam mais ficar sem beijar os lábios um do outro.

Principalmente Vegas, que havia descoberto seu mais novo vício.

Amanhã eu não quero estar sozinho, again! (VEGASxPETE)Where stories live. Discover now