Capítulo 10

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Passar pela porta de entrada pela nossa casa nunca foi tão reconfortante. Eu amo os meus pais, mas amo a minha liberdade é a minha independência acima de tudo.

Tom andava rebolando o seu traseiro gordo, enquanto olhava para cima se esfregando em nossos calcanhares. Julgando nos por tê-lo deixado para trás e ainda ter o cheiro de cão em nossas roupas.

-Eu vou pedir comida japonesa. Posso pedir para você também? - suspirei alto pelo o cansaço -

-Sim. Obrigado.

Era fim de tarde quando chegamos a NY, tinhamos de pegar Tom no hotel para animais, ir para casa. Nunca pensei em dizer isso, mas sentia falta do frio.

A casa estava quentinha e aconchegante. Fui andando até o meu quarto com o telefone em mãos fazendo o pedido.

-Chega em meia hora - gritei -

-Obrigado.

Cansado e derrotado pelo o final de semana esgotante me joguei sobre a cama com o braço sobre os olhos.
Senti o peso habitual em cima do abdômen.

-Tom - murmurei -

Miau.

-Eu não tenho patê.

Miau.

-Nathalie!

-O que foi? - ouvi um riso engasgado -

-Seu filho não me deixa em paz, tire o de cima de mim por favor - pedi educadamente - 

-Você acostumou o gato mal é a culpa agora e minha? - ela dizia sarcástica -

-Ele é seu filho.

-Eu diria nosso. Já que você também cuida dele agora.

-O pai dele e o Mark.

Silêncio absoluto.

-Me desculpa. Eu não queria...

-Tudo bem. Vem Tom deixa o tio Nash em paz.

O gato chiou, cravando as garras na minha camiseta enquanto Nat tentava tirar ele de cima de mim. Sentia as garras dele roçarem a minha pele. Ele estava determinado em ficar ali colado.

Então a campainha tocou. E eu olhei realmente para ela. Ela estava enrolada na toalha, o meu olhar sobre ela a deixou vermelha. Enquanto eu ainda tinha um gato preso a minha blusa. Parecia que estava com um bebê peludo em um canguru.

Ela olhou a situação e começou a ri. Fiz cara feia para ela e fui marchando até a porta. O entregador me olhou estranho segurando um sorrisinho.

-Não é o que você esta pensando. Ele ta preso e não quer sair, até que eu o de o patê. - fechei a cara -

-Peço desculpas senhor. Tenha uma boa noite. - o entregador riu e saiu andando -

O cheiro do peixei o deixou mais maluco. E os miados começaram a se intensificar.

Derrotado peguei a caixa de patê que tinha no armário e coloquei na sua vasilha. Satisfeito ele recolheu as garras e me mostrou o traseiro.

-Irritante. Mimado. Chato.

-Vocês dois são um caso perdido. Um caso de amor sério. - ela segurava o riso - No fim você fez as vontades dele.

-Era o único jeito dele me soltar. Agora tenho toda a blusa cheia de pelos. - tirei a blusa jogando a em algum canto -

-Temos sexto de roupa suja sabia? - ela pegou a blusa e colocou no sexto -

Ela usava um pijama de seda branco com um robe fino por cima.

The Irritant.Where stories live. Discover now