Capítulo 17

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Nash.

Eu queria me recusar a acreditar em tudo o que eu estava ouvindo naquela noite. Eu queria que tudo tivesse sido apagado da minha mente. Ou melhor queria voltar para o coma.

Quando acordei naquele dia, a única coisa que eu tinha na cabeça e era poder rever ela. Sentir ela nos meus braços. Então implorei para qualquer pessoa do hospital me emprestar o telefone para ligar para um táxi qualquer.

Quando cheguei ao restaurante e vi duas crianças correndo longe e uma pessoa logo atrás com shorts curtos e uma camiseta branca de alças, o vento soprava em seu cabelo que agora estava mais longo com cachos nas pontas, a deixando mais linda do que já era. Eu sabia que era ela. Quando o meu sobrinho percebeu que era eu, me puxando logo em seguida para ir de encontro a ela o meu coração parecia que iria parar de novo. Me doía.

Eu tinha medo, eu estava em pânico. Achei que ela não me amava mais, eu poderia ser só um ex colega de casa para ela. Eu poderia ter sido esquecido como o passado. Mas uma parte de mim sabia que ela sempre esteve ao meu lado, esta parte minha lutava para manter tudo firme, todas as lembras, todo o sentimento.

Quando nos sentamos frente a frente na mesa e vi a aliança o meu estômago embrulhou. Mas poderia ser só mais um acessório afinal as mulheres sempre gostam de ter diversas jóias.  Então quando lhe rocei o tornozelo e ela ficou vermelha como sempre eu achei que a nossa conexão ainda tinha solução.

Quando fui procurar por ela e não a encontrei achei que ainda estava sonhando. Mas ela estava sentada na praia com o olhar distante. Triste.

Eu que sempre fui observado por todos, agora estava em silêncio olhando para ela. Como se a luz fraca do sol a deixasse mais linda do que ela já é. Mas a tristeza estava a dominando. Não parecia a minha antiga colega de casa.

Eu sentia um sentimento estranho dentro do meu peito. Como se ela não fosse mais minha, como se ela tivesse outro alguém na sua vida. Eu sentia que ela estava me escondendo algo, não queria força-la a falar sobre mas quando ela berrou que estava com outra pessoa, senti o meu coração ser quebrado, foi ainda pior quando soube que era com o Colin.

Eu prendi a respiração, tentando pensar na dor que era ter o pulmão invadido pela água e sal, isso doía menos do que as palavras dela. Eu não conseguia eu não podia. Parecia que estava revivendo todo o filme de Kyara na minha cabeça. Afinal eu fui facilmente trocado.

Respirando fundo voltei para dentro do restaurante, a mesma ficou na praia. Eu conseguia ver nitidamente ela estava chorando. E eu também isolado em um canto da janela. Limpei as lágrimas rapidamente quando vi que roa se dirigia de volta ao estabelecimento. Ignorando completamente a sua despedida. Mostrando uma postura infantil e ignorante.

Depois dela ter saído me sentei no bar e pedi um whisky duplo.

-Você pode beber? - Tony se juntou ao meu lado -

-Depois de um quase morte eu posso tudo.

-Fico feliz de ter você ao nosso lado de volta amigo. Mas maneira okay? Eu quero que a minha filha ali aproveite o padrinho recém acordado dela. - ele apontava para Aurora correndo entre as mesas -

-Pode deixar eu serei o melhor padrinho de sempre - forcei um sorriso -

-Mas não pode ser sempre a bela adormecida.

-O que e isso virou conto de fadas da Disney? - resmunguei -

-Talvez maninho. Mas você ta mais para Ariel a pequena sereia sempre se afogando - Michelle passou o braço em torno do meu pescoço me puxando para um abraço - É ótimo te ter de volta. Por favor nunca mais nos assuste assim novamente.

The Irritant.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora