Capítulo 22

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Pouco a pouco fui recobrando a minha consciência do que tinha acabado de acontecer na mesa do café da manhã. Minha bochechas queimavam em pura vergonha enquanto todos vivam o resto da sua manhã na preguiça. Até que um barulho chamou a nossa atenção, o barulho da campainha deixou todos em alerta. A empregada foi abrir a porta e logo um mar de malas chegou, o corpo curvilíneo, os longos cabelos carregados em grandes cachos cor de chocolate. Ele se levantou do meu lado indo de encontro a garota que tinha acabado de chegar, depositando um beijo casto em sua boca.

-Oi meu amor - ele beijou a ponta do seu nariz - Fez uma boa viagem?

-Sim, estava cheia de saudades suas - ela passou seus braços a volta da sua cintura entrelaçando em um abraço muito íntimo. -

-Margarida essa é a minha prima Nathalie Blair. - ela deixou o seu braço pendurado no ar -

-Olá - ela disse sorrindo - Eu sou a noiva do Nash, Margarida, é um prazer-te conhecer

-Sou a prima não biológica dele - voltei a reafirmar este facto, minha boca estava aberta em um grande o olhando para ela, como ele poderia estar enfiando seus dedos na minha vagina e agora tem os mesmo dedos que tiveram dentro de mim em poucos minutos atrás, enrolados à volta do corpo dela? Eu sinceramente deveria estar pagando os meus pecados nesta manhã. Alguém lá em cima não gosta de mim. Estiquei a mão para apertar a dela que ainda estava pendurada no ar - É um prazer te conhecer, Margarida - apertei a sua mão enquanto dava o meu sorriso mais falso -

-Finalmente estou te conhecendo, Nash sempre me disse muito sobre você - ela se colocou à frente dele enquanto ele entrelaça a sua cintura com seus longos braços - A priminha dela - ela disse de um jeito provocador por entre os dentes, quase como um ronronar -

-Sim moramos um tempo juntos. Eu nunca ouvi falar de você.

-Ahah querida não se preocupe com isso, eu cheguei a pouco tempo na vida deste homem maravilhoso - ela apertou o seu rosto - Mas quase não tenho tido muito tempo, com esta vida de publicitária nunca estou parada em um local só. As vezes me sinto culpada por não dispor de tanto tempo para ele.

-Mas agora está aqui - ele pegou a sua mão, levando aos lábios beijando com ternura -

Ela olhou para ele de um jeito genuíno, enquanto seu olhar estava fixo nos olhos dela, como se ele soubesse a alma dela de trás para frente. Eles se completavam, eram o casal perfeito, mas nem tudo é perfeito, tinha que ter uma sujeira debaixo de toda essa fachada, se bobear essa sujeira era eu. O segredinho sujo dele. Eu senti a culpa me subir pela garganta como o gosto amargo da bílis ou talvez era só o gosto de ser uma traidora de ajudá-lo em seu joguinho de tortura em quanto a sua noiva estava preocupada em chegar a tempo para poder passar um tempo com o mesmo. Entretanto ele estava mais preocupado em me fazer gozar com o seu joelho, seus dedos no café da manhã. minha mente divagou de novo nos momentos vividos me deixando incomodada com as lembranças me deixando molhada novamente.

-Está tudo bem? -Margarida pergunta com um olhar preocupada -

-Está sim, só estou com um pouco de calor. - me abanei - Acho que vou me retirar para o meu quarto por um momento.

-Tudo bem, se precisar de algo estamos aqui em baixo. - ela sorriu -

Ela é super amável me fazendo sentir como um monstro destruidor de lares. Respirei fundo dando meia volta, me refugiando no meu quarto com Tom, enquanto o seu ronronar me fazia acalmar os meus pensamentos. Pensei que deveria espairecer a minha cabeça, porque os meus dias e noites seriam longas nesta casa com os dois aqui. Deixei Tom sair para não estar trancado somente no quarto. Estava um dia meio congelante então vesti calças jeans aquecidas, camisola de gola alta branca com coturnos brancas e um casaco longo bege.

The Irritant.Where stories live. Discover now