Capítulo 25

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A cama estava vazia, passei a mão pelo o lado da cama onde o seu corpo passou grande parte da noite. Congelei por alguns minutos respirando fundo sabendo que isso aconteceria, eu já deveria estar preparada, afinal ele não é meu, ele é dela. Os primeiros raios de sol passavam pelas brechas da cortina ainda eram 7:30 da manhã. Me sentei na cama esfregando os olhos respirei bem fundo enquanto o barulho da água me alertou.

Pulei para fora da cama, seguindo para o banheiro. Pensei que ele estaria já bem longe do meu quarto, mas ali estava ele tomando banho, com os olhos fechados pensando em alguma coisas talvez se sentindo arrependido pela noite de ontem. Pensei em dar meia volta e deixá-lo ali sozinho mergulhado em seus problemas, mas quando me virei para sair do cômodo a sua voz disse baixinha.

-Não vai me dar o prazer de tomar um último banho comigo? - ele disse ainda de olhos fechados -

-Como sabia que eu estava aqui? - disse parando perto da porta do box -

-Eu sempre sei. O seu cheiro, o seu corpo, tudo em você. A nossa ligação é como uma corrente elétrica que sempre se liga quando você está perto demais.

Fiquei parada na porta absorvendo aquelas palavras, quando ele abriu a porta me puxando para dentro, tomando a minha boca de uma maneira nada suave. Nash ergue o meu tronco me colocando contra a parede, saboreando toda a extensão do meu pescoço e seios. Sentia o seu pênis roçando a minha vagina, eu estava ficando cada vez mais molhada só por aquele pequeno contacto. Com uma mão ele segurava os meus braços acima da minha cabeça, com o outro ele puxou uma das minhas pernas para a sua cintura.

-Se segure bem, porque eu não vou ser gentil Nathalie, eu vou te punir por todo o inferno que você causou na minha vida. Eu vou te foder até eu esquecer o porquê de você ter acabado com minha vida.

Com aquelas palavras ele me penetrou sem nenhum aviso. Com o olhar preso um no outro eu só conseguia pensar em como eu era uma idiota filha de uma puta. Eu amava ele, ele foi meu, eu estraguei tudo. Mas ele estava ali agora, me preenchendo, me punindo por ter sido má, talvez eu gostasse disso.

Seu corpo se chocava contra o meu com uma força, que se não tivesse a parede de base eu já teria caído a muito tempo. Sem muita paciência ele largou os meus braços erguendo a minha perna que ainda me mantinha apoiada no chão, me fazendo cruzar ambas em sua cintura. Mais bruto, ele investia em estocadas brutas e fundas. Eu o sentia batendo no meu útero, talvez eu estivesse entorpecida mas amava essa sensação. Ele segurava o meu tronco ditando o ritmo enquanto mordiscava a minha orelha, meu ombro, ele queria me marcar de todo o jeito.

-Isso e para que nenhum otário se atreva a chegar em você nessa despedida de solteira.

-Isso não é problema. Eu não sou de mais ninguém.

Ele me olhou e sorriu de lado.

-O sexo te compra muito bem.

-Digamos que eu seja uma viciada na dose de adrenalina de um certo surfista.

-Ae? - ele arqueou a sobrancelha -

-Sim - tomei a sua boca -

Continuamos nossa maratona sexual pela manhã, até que os dois não tivéssemos mais forças nenhumas.Ele me aninhou na cama, depositando um beijo na minha testa. Quando o vi passar pela porta o meu mundo talvez tenha desabado, eu não sabia o que faria agora, eu me sentia vazia sem um propósito.

-Eu amo aquele cara, mas eu fui uma idiota, eu fui a filha da puta. Deus me perdoa, eu juro que se você devolvê-lo a minha vida juro ser uma boa pessoa ou qualquer coisa boa. Eu sei que nunca fui muito boa com isso, é que sempre fazia graça durante as missas, ou daquela vez que usei a água benta para regar as flores da capela, ou quando bebi um pouco do vinho escondida, mas não importa. Deus imploro por aquele homem. Ele é o que eu mais desejo na minha vida, eu o amo, eu o perdi e pequei. Mas eu prometo ser uma boa garota por ele.

The Irritant.Where stories live. Discover now