𝙋𝘼𝙍𝘼 os que acreditam em 𝑎𝑚𝑜𝑟 a primeira briga, essa historia é para vocês.
𝐎𝐧𝐝𝐞 𝐂𝐞𝐥𝐢𝐧𝐚 𝐇𝐨𝐩𝐞 𝐆𝐫𝐞𝐲 𝐞 𝐉𝐉 𝐌𝐚𝐲𝐛𝐚𝐧𝐤 𝐬𝐞 𝐨𝐝𝐞𝐢𝐚𝐦 𝐝𝐞𝐬𝐝𝐞 𝐨 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐞 𝐧𝐚̃𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐚̃𝐨 𝐝𝐢𝐬𝐩𝐨�...
LEVANTO de minha cama, resmungando com raiva. As batidas na porta de entrada da casa me fizeram acordar, e nesse momento lembrei que minha avó tinha saído, o que me fez sair da cama. Caminho até a entrada e abro a porta, semicerro os olhos e encaro o loiro que estava parado ali, me olhando. - Grey ? - ele parecia tão confuso quanto eu. - O que você está fazendo aqui ? - JJ pergunta.
- Aqui é a minha casa ! - exclamo, confusa.
- Mas essa é a casa da senhora... ah, porra ! - Ele joga a cabeça para trás e revira os olhos.
- Estou quase tendo certeza de que você me persegue ! - cruzo meus braços e encaro o loiro. Ele ri irônico, debochando. - Por que está sempre onde eu estou ? - Pergunto.
- Porque se eu não for perseguir você, vou ter que perseguir garotas que gostem de mim de verdade ! - Diz ele, irônico.
- Se puder encontrar uma. - Respondo de imediato.
- Está vendo ? Quem precisa de afeição quando se tem tanto ódio! - O tom de sua voz me irrita. O jeito que ele usa o sarcasmo e a ironia para tudo, me deixa louca.
- O que você quer aqui ? - Mordo o lado de dentro de minha bochecha.
- Vim cortar a grama da senhora Grey. - ele dá ombros.
- Entra. - maneio a cabeça, indicando que ele podia entrar, e isso que o loiro faz. - Minha vó já vai chegar, pode fazer o que você tem que fazer. - Falo, sem olhar para o garoto.
Vou até a cozinha e começo a procurar alguma coisa para comer. Faço um coque no cabelo e começo a preparar algumas panquecas. Olho para o pátio pela janela e vejo JJ, ele estava cortando a grama sem camisa e... puta que partiu ! Fico encarando ele por um tempo indeterminado, mas quando seu olhar vai de encontro ao meu, viro meu rosto e sinto minhas bochechas corarem, ele percebe e ri de cabeça baixa. Merda. Continuo me concentrando nas panquecas, sem saber onde enfiar minha cara. A porta é aberta e minha avó entra por ela, cheia de sacolas, sorridente. - Querida ! - Ela exclama ao me ver. Sorrio com a animação da mulher.
- Oi vó. - Falo. Ela larga as sacolas em cima da mesa e vem na minha direção, me abraçando.
- O Maybank já chegou ? - Pergunta ela. Afirmo com a cabeça, olhando mais uma vez para o loiro no quintal. - Ele é um ótimo garoto, Lina. Vocês iam se dar bem. - comenta.
- Eu já conheci ele. Não nos damos nem um pouco bem ! - Rio debochando. - Ele é um idiota, vó. Me considera uma kook mimada, me julga sem me conhecer !
- Você está fazendo o mesmo com ele, Lina. - ela dá ombros.
- Como assim ?
- Você também não conhece ele o suficiente para moldar uma personalidade. - ela maneia a cabeça, levantando as sombrancelhas e olhando para o garoto. - Ele se mete em confusões, arruma brigas, mas é um bom garoto. Eu sei o que estou dizendo.
- É. Talvez. - dou de ombros. - Mas isso não apaga o fato de que ele foi o maior babaca comigo ! - Tento, de certa forma, me defender do que Luiza acabou de falar.
- Ele não se abre para muitas pessoas, Lina. A grosseria e a forma como ele age é como se fosse um escudo de proteção. Assim, se ninguém chegar perto, ele não se machuca. - Ela fala, soltando um longo suspiro. - Ele me lembra você. As palavras de Luiza ficam no ar, se repetindo, mesmo depois dela subir as escadas para o andar de cima.
[...]
Termino de comer minhas panquecas e vou até minha mochila, pego um dos meus baseados e me sento na borda da piscina, com os pés dentro da água. Coloco o baseado entre os dentes e acendo ele, dando uma tragada logo em seguida. Vejo a porta 'de correr' sendo aberta e olho para JJ. Achei que ele tinha ido embora, mas pelo visto não foi. - E aí. - O Maybank se aproxima, mas fica de pé ao meu lado. Solto a fumaça do baseado e olho para ele. - Eu não sabia que a princesa kook fumava. Você não deveria ser perfeita? - o tom de provocação dele me faz revirar os olhos.
- Eu tenho cara de alguém que é perfeita ? - não me atrevo a encarar os olhos de JJ. Eles parecem com o oceano e me fazem perder minha mente naquela imensidão, o que me deixa frustrada. O loiro se senta do meu lado e coloca os pés dentro da água, assim como eu. Sinto seu olhar sobre mim, o que me deixa extremamente constrangida.
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- Nunca falei isso. - responde ele, dando de ombros.
- Mas deu a intender. - Afirmo.
- Daí já não é minha culpa. - ele vira a cabeça para o outro lado, mesmo que não estivéssemos nos olhando.
Como ele conseguia ter todas as respostas na ponta da língua? Poderíamos ficar discutindo por horas e nenhum dos dois iria arregar , íamos sempre responder de imediato, com a língua afiada.
- Por que você resolveu vir para Outer Banks ? - Ele perguntou e, pela primeira vez, junto nossos olhares.
- Eu só quis mudar um pouco. - Minto.
- Hum... - ele resmunga, sem se importar muito. - Preciso ir. - avisa ele. - Até algum dia, Grey. O loiro fala, se levantando da piscina e indo embora. Eu não sei o porquê disso, mas sempre que estou com ele, é como se uma corrente elétrica passa-se por nossos corpos, e eu não tenho o menor controle sobre isso, porque se tivesse, eu evitaria.