O ɴᴏssᴏ 𝒆𝒕𝒆𝒓𝒏𝒐 ᴛᴀʟᴠᴇᴢ; 𝙹𝙹 𝙼𝚊𝚢𝚋𝚊𝚗𝚔 🦋

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CELINA GREY

  JJ pula da lacha após Jonh b deixar ela posicionada na lateral do pier, para conseguirmos descer. Abraço Kiara e Sarah, me despedindo das garotas, vou até Pope e o garoto me puxa para um abraço e sussura em meu ouvido.
— Foi bom te ver feliz com nós, Lina. Seja oficialmente bem-vinda aos pogues ! - Ele sorri de orelha a orelha. Heyward estava se tornando meu melhor amigo, e isso era muito importante para mim. Mais do que ele imaginava.

— Uma vez pogue, sempre pogue, não é ? - Faço um toque de mãos com o moreno e sorrio.

  Ao me virar, vejo o Maybank do lado de fora da lancha, com os braços escorados na lateral. Seu maxilar estava travado e os punhos fechados. Ignoro.

  Vou até Jonh b que, ao perceber que eu não iria ir embora antes de me despedir, sorri de canto.

— Posso te dar um abraço? - ele sussura, hesitando.

— Não precisa perguntar, Jonh. - Sorrio fraco, sentindo os braços fortes do Routleadge apertarem meu corpo contra o seu.

— Caso você queira, pode vir morar comigo, Hope. De verdade, não quero que você fique na casa da senhora Grey. - Ele sussura para mim. Me solto de seus braços e o encaro. Agora, posso ver que eu e Jonh b não somos tão diferentes fisicamente. O cabelo é exatamente do mesmo tom, porém o meu tem as pontas mais claras devido ao surf. Nossos rostos não são tão diferentes, mas os meus olhos são azuis, os deles não. Ao perceber o quão parecido somos, uma sensação de conforto invade meu peito no mesmo instante.

— Eu vou, Jonh. Eu prometo que eu vou, mas não agora.

— Vou te esperar. - Ele sorri.

  Caminho até a borda e subo nela, JJ estende a mão para mim e eu a seguro, pulando para fora da lacha.

— Obrigada, Maybank. - Sorrio para o loiro, que logo em seguida faz uma reverência para mim. Reviro meus olhos.

— Sempre a sua disposição, princesa kook. - Ele sorri da forma mais irritante possível.
— Vou te levar até a sua casa. - O loiro fala, colocando sua mochila nas costas e virando seu boné vermelho para trás.

— Não precisa, JJ. Eu não estou querendo ir pra casa. - Coço a nuca, um pouco inquieta.

— Quer ir para a minha casa ? - Ele perguntou. Fico confusa e ele percebe isso. — Meu pai tem um turno noturno hoje, com o novo emprego que provavelmente não irá durar nem uma semana. - Ele ri irônico, mas consigo sentir a dor na sua voz.

— Tudo bem. Eu adoraria. - Sorrio para ele. — Mas não invente nenhuma gracinha, Maybank. - semicerro os olhos, o encarando. Ele levanta os braços em rendição.

— Longe de mim. - Vejo a covinha se formar no seu sorriso, e isso me faz rir, por algum motivo eu me sentia extremamente bem com ele por perto.

[...]

JJ MAYBANK

  Eu não sei como, mas Grey conseguiu mudar alguma coisa. Ainda não sei a intensidade disso e também não sei os danos que pode causar, mas eu gosto. Gosto quando implico com ela e gosto quando ela demonstra o quanto me odeia — mesmo que nem ela mesma acredito nisso.
  Eu não tenho a menor ideia do que está acontecendo, mas a todo o momento fico me lembrando do primeiro dia que vi ela. Não quando ela derrubou café em mim, mas sim a primeira vez, o primeiro momento que aqueles olhos azuis me filtraram...