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  E lá estávamos nós novamente. As mãos de JJ continuavam firmes na minha cintura. Ao mesmo tempo que eu me perguntava o que eu estava fazendo, sorrisos bobos me escapavam durante o beijo. Minhas mãos puxavam levemente o cabelo de JJ, e minha pele se arrepiava mais a cada toque do garoto.

— Não sei por que estamos fazendo isso. - Ele sussura com os seus lábios praticamente colados aos meus.
— Mas eu tô gostando. - a covinha do seu sorriso se forma, e rio genuinamente.

— Eu não gosto nem um pouco de você. - empurro seu corpo, fazendo com que ele deite na cama. Saio do meio de suas pernas, indo para o outro lado do quarto, mas JJ me segura pelo pulso.

— Eu sei disso. É recíproco. - ele sorri, satisfeito. Reviro meus olhos em resposta.
— Mas agora é sério. - ele se senta na cama novamente. — Jonh b me contou que você foi ao castelo hoje mais cedo. - ele comenta. — Como está se sentindo ?

— Estranha. - suspiro. — Mas eu perdoei ele. Escutei o seu conselho. - maneio a cabeça, sabendo que deixarei o ego do garoto ainda maior.

— Eu sempre tenho razão! - exclama. Passo as mãos pelo rosto, tentando não enlouquecer.

— Vou deixar claro que isso não é verdade. - aponto meu indicador em sua direção. — E também não pense que eu e Jonh b vamos ser irmãozinho felizes para sempre, agora !

Eu senti necessidade de dizer isso, não sei porque.

— Nunca. Nem cogitei isso. - ele levanta as mãos para cima, em rendição.

— Ok. - suspiro.

— Senta aqui. - ele dá duas batidas na cama, indicando que eu devia me sentar. — Vamos conversar.

— Eu e você? Conversar ? - ele ri com minha fala.

— Vem logo, chata !

  Me sento ao seu lado, mas mantenho uma distância. Ficamos nos encarando, semicerro meus olhos, coloco minhas pernas em cima da cama e cruzo elas.

— Então, Maybank. Como isso aconteceu ? - Aponto para suas mãos que estavam enfaixadas agora. O loiro fica cabisbaixo, mordendo o lábio inferior.

— Eu... eu... eu bati no meu pai. - ele sussura, com uma angústia na voz. Lentamente, JJ levanta a cabeça, com medo de uma possível reação minha.

— Na praia, você me disse que seu pai bate em você. - travo meu maxilar. — Ele tentou de bater ?

  O loiro parecia assustado e confuso, se perguntando o porquê da minha reação... que não demonstrava nada.

— Não. Eu só... ele falou algo que me machucou e eu... eu... bati. - sua voz sai tão fraco quanto um sususro.

— Você não é assim. É ? - minha respiração acelera. Ele fica confuso.

— Acha que eu bateria em você? - O garoto pareceu ofendido, de certa forma.

— Não.... só perguntei. - falo insegura.

— Não, Lina. Eu não sou assim. Bom, eu não bato em quase ninguém. A não ser em uns kooks Idiotas que fazem coisas Idiotas e merecem serem socados ! - ele dá ombros, como se aquilo fosse óbvio.

— Claro. - Rio fraco.
— Mas você está bem com isso?

— Acho que sim. - ele sorri. — Você podia me deixar melhor ainda, não é? - o loiro vem até mim, com um sorriso extremamente desafiador nos lábios.
Me aproximo dele e sussuro próxima a sua boca.

— Não vai rolar, loirinho. - pisco, levantando da cama.

— Eu te odeio. - Ele fala para si mesmo, no intuito que eu não escute.

— Não está na hora de você ir embora ? - pergunto com um sorriso falso nos lábios.

— Quer que eu vá? - ele levanta as sombranselhas.

— Sim. Meu maior desejo no momento. - falo irônica.

JJ pega sua mochila e coloca nas costas. Ele anda na minha direção e CA-RA-LHO. Eu odiava o fato dele ser tão lindo.

Seu corpo fica alguns centímetros de distância do meu e posso ter certeza que ele está tentando causar algum efeito sobre mim. E está conseguindo.

— Eu poderia realizar muitos outros desejos seus, minha linda. - ele sussura no pé do meu ouvido, fazendo meu corpo arrepiar.

JJ deixa um beijo em minha bochecha e sai por onde entrou. Reviro meus olhos, deixando um sorriso bobo escapar. Percebo o que estou fazendo e dou um tapa no meu próprio rosto.
— Qual é Celina ? - balanço a cabeça, tentando tirar meus pensamentos dela...

O ɴᴏssᴏ 𝒆𝒕𝒆𝒓𝒏𝒐 ᴛᴀʟᴠᴇᴢ; 𝙹𝙹 𝙼𝚊𝚢𝚋𝚊𝚗𝚔 🦋Where stories live. Discover now