21. A Punição de um deus

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"A ira que carrego em mim fará o mar tremer."

A punição de um deus


Por Poseidon,

Vim para essa festa com o intuito de relaxar, preciso realmente conversar com Sn, mas ela está tão irredutível que só sinto vontade de puni-la em minha cama, porém não é o momento e para completar mal chegamos quando senti os olhares sobre nós e Zeus que parecia pular de alegria e querer conversar, com isso deixei-a de lado, afinal essa humana sabe se cuidar. Não demorou muito para que eu visse a desgraçada sorrindo e conversando com outro deus ao qual notei ser Thor e naquele momento a conversa com meus irmãos tornou-se irrelevante mesmo que o assunto fosse importante e antes que eu pudesse fazer algo ela sumiu apenas para retornar e passar mal e agora estou aqui disposto a matar quantos forem necessários, pois ir contra minha vontade já é motivo mais do que o suficiente para ser morto, mas tentar algo contra Sn, quando deixei claro que ninguém deveria encostar em um fio de seus cabelos é cometer perjúrio duplamente. Ignorei todos aqueles que insistiam em me dirigir a palavra e olhei para Atlântida e antes de pular em direção ao meu reino Adamas segurou em meu braço.

— Poseidon que bom vê-lo...

— Agora não Adamas, preciso caçar uma insolente... — E assim pulei em meu reino, literalmente levantando ondas capazes de cobrir toda Atlântida e a afundar, causando medo e terror naqueles que ali estavam, se assim eu desejasse não sobraria nada e nem ninguém. Uma curta gritaria se iniciou enquanto eu mantive as ondas ao redor da cidade e finquei meus pés na terra. Só existe uma deusa capaz de fazer algo assim e a essa hora se for inteligente ela terá sumido da minha cidade.

— Onde está Grisha? — Fui calmo. — Se ela não aparecer todos irão perecer.

— Oh deus nos poupe, tende piedade... — Se curvaram.

— Começarei a contar. — Não fiz questão de os olhar. — Um...

— Senhor Poseidon, não faça isso eu o imploro. — Aquela deusa menor que Sn havia poupado estava a minha frente e assim arremessei o tridente nela a atravessando, pouco me importando se iria sobreviver ou não, eu não planejei deixá-la viva de qualquer forma.

— Dois... — Ouvi os gritos aumentarem conforme eles ecoavam que eu estava a lhes trazer um castigo/punição Divina por terem falhado, as ondas começaram a se fechar no topo mantendo a cidade seca e tapando por completo a passagem de qualquer raio de sol, como se a noite chegasse mais cedo.

— T...

— Não precisa disso meu senhor, nunca fugiria de seu reino ou de suas exigências. — E ali estava Grisha abaixada em pose de reverência. Me aproximei conforme as águas se acalmavam e sem esperar mais segurei-a pelo pescoço e assim partimos para o Olimpo.

Não me importei nenhum momento com os olhares sobre nós conforme andei com Grisha praticamente sufocada em minha mão, Hermes nos recebeu com certo pavor enquanto atirei Grisha na cama ao lado de Sn.

— Desfaça agora! — Ela se ajeitou e respirou fundo antes de passar suas mãos por cima do rosto da humana e abrir sua boca segurando em seu queixo e assim puxou a areia, aos poucos o corpo de Sn passou a reagir e  notei o peito dela se encher de ar e a mesma respirar tossindo bastante, com água puxei o corpo de Grisha até mim:

— Vamos conversar maldita. Essa será a primeira e única vez que olharei em seus olhos então aproveite!

Senti a mesma estremecer em meus braços conforme desapareci dali em poucos segundos Grisha estava presa nas águas do Atlântico, as mais frias que existem. Diferente de Sn não preciso pegar leve com ela.

— Lhe darei apenas uma chance de se explicar então não falhe.

— Não há explicação para o que eu fiz — começou bem. — O senhor é o deus dos deuses, rei dos oceanos e o maior dentre todos eles, porém, com essa humana começou a cometer... Falhas. — Apontei o tridente para o seu pescoço o perfurando de leve apenas para que sentisse o metal. — Eu não ligo que tire a minha vida, mas só pelo fato de estar me dando essa oportunidade já demonstra o quanto o senhor mudou. Será que não vê? Estava prestes a destruir o seu próprio reino por ela, uma simples e frágil humana!

— E quem lhe deu o direito de julgar minhas ações, será que esqueceu o seu lugar?

— Jamais, porém imperador, parece que você esqueceu o seu.

Um sorriso de lado surgiu em meu rosto.

— Então você julga ter aplicado uma punição digna a um deus em uma simples humana sem a minha permissão com a premissa de me despertar para os meus próprios erros? — Ri novamente. — Que patético! Eu sou a porra de um deus! Não existe nada além do que eu desejo e almejo e minha palavra é a lei.

— Está dizendo que desejou tais mudanças?

— Cale-se! Não permito que fale mais! — Me aproximei tocando em seu coração. — A punição da morte é pouco para você. —Sentirá na pele a ira de um deus e só assim entenderá o que é um ser divino.

Caminhei para fora do pilar enquanto as águas mais frias do mundo a envolviam e antes de sair por completo sussurrei:

— Dilúvio de quarenta dias. — Apertei meu tridente em mãos, se Grisha sobreviver, talvez minha benevolência a deixe continuar em Atlântida agora se morrer tenho certeza de que a punição mais amarga do submundo lhe aguardará simplesmente pelo pecado cometido.

Você não merece que
eu olhe em seus olhos
Engolido pelo mar

Farei um oceano de mortos
Em minhas mãos
O destino na sua vida
Sou comandante do mar
Dilúvio de 40 dias

Farei um oceano de mortosEm minhas mãosO destino na sua vidaSou comandante do marDilúvio de 40 dias

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Só ouvi essa um música vez e gravei já era: O comandante do mar - WLO

A arrogância de um Deus | Poseidon (concluída)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt