66.A algazarra dos deuses

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Pré-revisado, boa leitura.

A algazarra dos deuses


Eu estou entre as pernas dele sentindo seus dedos deslizando por meus fios enquanto os esfrega. Nunca pensei que viveria para ver o dia em que Poseidon cuidaria de alguém e que esse alguém seria eu. Após lavar meus fios, ele se dedicou a fazer carinho na minha barriga e de certa forma imagino a falta que sentiu de nós. Por mais que meu marido insista em deixar claro que não precisa de ninguém sei que esse conceito mudou á muito tempo.

-- Está muito calada Sn. -- Ele afirmou afastando o meu cabelo do meu ombro direito e deixando um beijo no local.

-- Deve ser porque acordei á pouco.

-- Tem exatas três horas e meia que você despertou e nós só comemos e tomamos banho, ainda não fizemos nem a metade do que planejei assim que lhe vi despertar.

-- Então é bom começa não é? -- Dei um curto sorriso observando o olhar dele e depois de passar um tempo me perdendo nesses lábios e obviamente sentando nesse deus saímos do banho completamente revigorados e, no momento Poseidon está lutando para manter a pose de arrogante uma vez que sua felicidade está estampada em seu rosto.

-- Que tal darmos uma volta por Atlântida? Não aguento mais ficar nesse palácio. -- Comentei enquanto ele afagava minha barriga.

--  Você precisa de mais vestidos e presentes para o meu filho. -- Afirmou.

-- É uma menina Poseidon, e precisamos escolher um nome. -- Ele me encarou seriamente. -- O quê? Duvida de mim quando digo que será uma menina?

Ele não me respondeu parecia estar processando o que acabei de dizer.

-- Vou deixar minha tarde livre precisaremos refazer o quarto do bebê. -- Poseidon parecia falar sozinho conforme apoiou o tridente na parede e a esquerda abaixo do queixo pensando a respeito.

-- O que foi que você fez Poseidon? -- Encarei seu rosto que no momento desviava o olhar dos meus. 

-- Eu precisava me distrair Sn, ou iria alagar a terra inteira enquanto você estava em coma, então fiz o quarto do nosso filho. 

-- Agora eu quero ver. -- Afirmei, ele pegou o tridente e antes de sairmos recebi um beijo sobre meus fios, o Imperador dos mares me guiou até um quarto próximo ao nosso, assim que entrei notei como estava escuro e ele simplesmente puxou as cortinas, o quarto parece estar emerso no mar, todas as paredes a frente são de vidro e há inúmeros peixes e baleias passando ao redor, o canto que é emitido é tão singelo que me deixou admirada, no chão liso e límpido como de todo o castelo há um enorme tapete e sobre ele bem no centro o berço branco totalmente trabalhado, a madeira detalhada como se houvessem vários tridentes pequenos entalhados e acima há algo pendurado, uma espécie de enfeite onde há alguns peixes.

-- É lindo. -- Respondi maravilhada.

-- Então toque o brinquedo. -- Ele afirmou encarando a peça acima e assim o fiz. A mesma canção que ele assobiou para mim ao qual eu conheço perfeitamente ecoava pelo brinquedo onde notei ter conchas e alguns pequenos corais.

-- Não há nada para mudar aqui Poseidon, está tudo tão... Perfeito. -- Alisei minha barriga e ele parou atrás de mim fazendo o mesmo antes de beijar meu ombro direito. 
Sorrimos uma para o outro, eu realmente me sinto em paz e os olhos do imperador dizem que ele também.

A porta do quarto foi aberta discretamente por uma das sereias que não ousou adentrar ou sequer olhar para o ambiente.

-- Desculpe interromper majestades, mas, sua família está ao aguardo na sala. -- Poseidon respirou pesado.

A arrogância de um Deus | Poseidon (concluída)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora