42.O baile de um Deus

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A: = meu comentário no capítulo

O baile de um Deus

Por Sn,

Eu andei com Buda pelo mesmo caminho que vim, chegar ao salão não seria um problema pra mim e creio que minha falta de atenção foi que me trouxe aqui

-- Bom agora é só você subir, espero que aprecie a festa.

-- E você não irá? -- Perguntou confuso e lhe dei um simples sorriso:

-- No momento não, tenho assuntos a resolver. -- Me despedi e segui pelo melhor caminho possível para a meu quarto, onde tomei um banho e retornei para varando creio que com minha mente tão confusa esse ar puro ao invés de um passeio vá resolver e sem pensar muito me recostei na poltrona imaginando a confusão que esse baile sediará.

...


Perséfone não parava de dar pulinhos enquanto esperava que eu colocasse meu vestido, mas ao olhar a peça neguei.

-- Vai Sn você vai ficar tão linda! -- Poseidon vai ter uma hemorragia nasal quando vê-la assim, fora os seus admiradores e tem mais, essa é a comemoração de um 'casamento.' O mínimo que você pode fazer é ir vestida a rigor.

Suspirei, Perséfone chegava a estar com os olhos caídos e pidões.

-- Perséfone eu não vou usar isso, essa roupa é muito aberta olha o tamanho dessas fendas! Não vou usar isso não, cadê aquele vestido que Hermes me deu hein onde eu coloquei? -- Comecei a caçar a peça e nada, suspirei chateada e no fim das contas me lembrei de seu destino.
"Maldito Poseidon que vive rasgando minhas roupas!"

-- Sn veste ele, prometo que vai cair como uma luva no seu corpo. -- Perséfone insistiu e eu realmente não me sinto bem com esse tipo de roupa, mas não tenho outras opções a maior parte dos meus vestidos sumiu o que é estranho já que lembro-me bem de Hermes ter me deixado gastar à vontade na loja, fora que quando estava em Asgard também fiz uma bela de renovação.

Respirei pesado pegando a peça e seguindo pra o banheiro enquanto ela, pelo barulho deitou na minha cama. -- Sn estou tão empolgada para lhe ver nesse traje, eu que escolhi já que você não teve tempo para reservar a costureira. -- Pelo timbre de sua voz sei que ela está sendo sincera e além disso sinto que nos tornamos amigas, mesmo que eu não saiba nada de seu passado a mais do que me foi dito em livros de mitologia.
Terminei de me vesti e reclamei por meus fios estarem me atrapalhando.

-- Olha sinceramente como andarei com isso? -- Sussurrei ao sair do banheiro e notei que Perséfone trajava um longo vestido preto com uma fenda enorme, em sua cabeça havia um arco com folhas de ouro, seus lábios rubros contrastando com seu cabelo ruivo trançado, nos pés sandálias e na coxa uma bela joia em formato de espinho portando um rubi no meio. -- Quando foi que você fez tudo isso?

Ela riu de leve.

-- As vantagens de ser uma deusa. -- Piscou e se aproximou tomando minhas mãos e girando comigo. -- Está tão bonita, Sn deixe-me arrumar seus cabelos. -- Me guiou até a banqueta da penteadeira, com a escova em mãos pôs-se a escovar com calma.

-- Eu só preciso de uma tesoura, meus cabelos cresceram tanto que não faz sentido tudo isso. -- Relatei.

-- Isso é só mais uma prova de que você não é uma mera humana, está aqui há quase um ano e...

-- Não é pra tanto Perséfone, eu estou aqui há pouco mais de cinco meses. -- A interrompi completamente descrente de suas palavras.

-- Não. Eu contei, você está aqui há quase um ano, se duvida pergunte para Poseidon, mas voltando ao que realmente importa. Se parar de negar sua verdadeira natureza irá aparecer e peço que se aceitei Sn, abrace cada lado seu sem medir ou se importar com as consequências, deixe seu dom fluir e despertará e eu estarei aqui, deixe-me treiná-la e ajudar com cada linha em seu caminho.

A arrogância de um Deus | Poseidon (concluída)Where stories live. Discover now