44.A distância entre Deuses

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Por Sn,

É inacreditável como Poseidon pode ser pretencioso, desde que entrou nesse salão ele não olhou nos meus olhos uma vez, sequer me chamou para dançar, mas é só algum deus se aproximar que sentimos a sua presença. Céus! Ele tem sérios problemas a lidar!

-- Vocês brigaram feio não foi? -- Hermes perguntou rodeando minha cintura enquanto íamos para a pista de dança, desviei meu olhar notando que Deus Hades estava ao lado dele.

-- Podemos mudar de assunto?

-- Claro querida, prefere falar a respeito do quê? -- Por um minuto nada me ocorreu até recordar da torta.

-- Que tal falarmos daquela torta de amora, se não foi você quem mandou, quem faria algo tão gostoso assim? -- Hermes pareceu pensar antes de tomar minha mão e levar aos lábios.

-- Hera não gosta desse tipo de torta, justamente por ser a favorita da minha mãe, a única que aproveita tanto quanto eu tirando Perséfone é Aphrodite. -- Fiquei confusa, por que raios essa deusa faria algo assim?

-- Será possível que ela tenha mandado? Veja bem Hermes, na semana dessa festa eu não designei nada para cozinha e sei que Poseidon e Perséfone também não, pois, estavam ocupados. Então teve o dia da prova do cardápio e essa torta estava lá e me desculpa pela sinceridade, mas foi a melhor torta que eu já comi em toda a minha vida. -- Agora ele me encarava seriamente.

-- Sn, vamos conversar em um lugar reservado está bem? -- Assenti, o observando segui para o local onde aquele órgão de tubos horrível fica. Só de lembrar pelo que passei aqui sinto meu corpo todo ressoar e já que Poseidon me deu liberdade vou mandar esse troço para outro lugar. -- Bom não enrolarei: se for uma torta de Aphrodite então é encantada. Você se lembra do que ocorreu após a consumir?

-- Não aconteceu nada, eu e Poseidon continuamos a degustar outras comidas após a torta. -- Foi então que recordei do meu estado e como a presença dele começou a me afetar com o passar das horas ao ponto de eu me sentir completamente rendida a sua simples voz e se minhas dúvidas estiverem corretas me sentirei uma tola.

-- Hermes é possível que ela tenha me enfeitiçado? Digo ao ponto de eu querer amar a Poseidon?

-- Depende. -- Ele pareceu pensar antes de exigir que lhe trouxessem uma bebida. Não demorou muito até uma das serventes aparecer com duas taças eu aceitei, mas não bebi, ainda não tenho certeza se é alcoólico.

-- Depende do quê?

-- Se tivesse funcionado vocês estariam completamente apaixonados e até onde vimos vocês brigaram. fora que teríamos que saber sobre a composição dessa porção. -- Me senti aliviada, só de imaginar que estivermos juntos por conta de um feitiço me sentiria usada. O restante do tempo ficamos aqui e conversámos sobre trivialidades já que eu estou um pouco cansada e depois voltamos a dançar, logo Hermes se despediu deixando um selar na minha mão e me prometeu voltar para que nós fossemos dar um passeio de barco e foi até Brunhilde, os olhando de longe até que fazem uma bela dupla.
Senti um toque em meu ombro e o perfume forte invadir minhas vias nasais, me virei sorrindo ao ver de quem se tratava.

-- Deus Thor. -- Ele beijou minha mão e aceitei seu braço, sentindo a pressão esmagadora que vinha de Poseidon e seu olhar fixo em nós e decidi ignorar, da mesma forma que ele está agindo.

-- Está muito bela Sn, gostaria de dançar com você. -- Agradeci aceitando, Thor também estava a rigor, seu fios geralmente soltos com naturalidade estavam ornados atrás de suas costas e seu traje tipicamente branco, dançamos pelo salão entre outros deuses até a música acabar e ele me oferecer uma bebida alegando ser suco e eu aceitei. -- Então agora é definitivo, fez a sua escolha Sn.

A arrogância de um Deus | Poseidon (concluída)Where stories live. Discover now