Já é hora do jantar. Não sinto fome, só sinto uma necessidade absurda de continuar sentada neste sofá e encarando o fogo da lareira enquando estou envolta nos braços de Draco. Pode parecer estranho, mas sinto-me segura ao lado dele. O.k., há um ano atrás eu me mataria se pensasse assim. Mas hoje não. Hoje sinto-me bem ao receber tais pensamentos.
- Eu te amo. - Seus lábios estão em meu ouvido. - Amo muito.
Apenas sorrio. Não sei se já posso dizer o mesmo a ele.
- Vamos jantar?
- Não estou com fome.
- Mas você não pode ficar sem comer. - Ele se levanta e estende a mão para mim. - Vamos?
- Não.
- Não, é? Então eu terei que fazer algo não muito agradável.
Antes que eu tenha tempo para pensar, ele me pega em seus braços.
- Ei! Me põe no chão!
- De jeito nenhum.
Seus lábios tocam meu queixo delicadamente, depois descem para o pescoço, até que chegam ao tórax. Sinto meus lábios tremerem ao segurarem um baixo gemido e meu coração dispara.
- Para, Draco.
- Vai dizer que não está gostando? - Fala, com os dentes cravados na alça de meu sutiã.
- Estou, mas não é a hora. - Obrigo-o a olhar em meus olhos. - Vamos jantar.
Um suspiro pesado escapa de seu íntimo e ele me põe no chão.
- Ei, não fica chateado comigo. Por favor. - Beijo-o.
- Tudo bem, não estou chateado. Sou muito paciente.
- Você já me provou que tem paciência.
Ele me puxa para si e diz:
- Só tenho paciência com você, para ser sincero. E isso porque tenho muito medo de te perder, porque te amo.
Meu rosto fica em brasas. Ainda não posso dizer que o amo, mas também não posso dizer que não gosto de ouvi-lo dizer isso. Ele beija a ponta de meu nariz, depois me puxa porta afora.
Chegamos ao Salão Principal de mãos dadas. Os olhares de todos, literalmente todos os alunos se voltam para nós. Sinto-me obrigada a abaixar a cabeça. Draco coloca-se em minha frente, levanta meu rosto e diz:
- Quero que olhe para frente. Você é minha namorada... ou algo parecido... Então quero que sinta-se honrada por estar ao meu lado.
Por algum motivo desconhecido, meus olhos saltitam de felicidade por ouvi-lo dizer "minha namorada". Sorrio - sei que meu sorriso é a confirmação de que ele precisa. Seus lábios tocam minha bochecha, depois as costas de minha mão.
- Bom jantar.
- Grata. Pra você também.
E nos dirigimos até nossas mesas. Quando me sento ao lado de Harry, Ron esbraveja:
- O que foi aquilo que eu vi?
- Se você viu, não preciso explicar. - Curta e grossa.
- Mi, nem eu tô acreditando. - Harry diz.
- Poxa, gente. Eu e Draco estamos nos entendendo.
- Entendendo até demais. - Neville comenta.
Solto um suspiro pesado. Olho para Gina como quem clama por socorro. E ela me entende.
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Meu Amado Monitor
Fanfiction"A queda de Voldemort, a reconstrução de Hogwarts, a volta dos alunos. É óbvio que sentiremos a falta de Snape pegando no nosso pé, mas precisamos superar a perda desse grande bruxo. É bom ver que Harry e Gina se acertaram e que eu e Ron estamos na...