Capítulo 15 - Descoberta

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Neste momento, estou tomando café da manhã com Gina e Harry.

- E então, Mi, como foi o primeiro dia com Zabini? - Pergunta Gina.

- Bem melhor do que eu esperava.

- Se ele fizer alguma coisa contra você, é só me chamar que eu jogo uma azaração bem potente nele. - Diz Harry, aos risos.

- Pode deixar. - E rio junto.

Ainda sinto a cabeça latejar um pouco, mas isso não me impede de realizar minhas atividades normais.

- Nossa, mês que vem é Natal. - Gina comenta.

- E aniversário do Draco. - Completo.

- Que dia?

A pergunta de Harry é gentil, mas fico na dúvida se ele realmente está interessado em saber.

- Vinte e nove.

- Hum...

Tocar no "Assunto Draco" não foi um bom negócio. Isso fez eu parecer muito triste, e eu não queria passar essa imagens aos meus amigos. Sei que a tristeza é imensurável, mas não quero que as pessoas fiquem me olhando com aquele olhar de pena.

- Eu... hum... Acho que vou dar uma volta. Nos vemos na aula. - E me levanto antes de esperar resposta.

Sei que os olhos de Gina e Harry estão em minhas costas, todavia não há a menor possibilidade de eu voltar. Preciso respirar um ar diferente, tranquilo. Ficar nos mesmos lugares só fará com que eu me lembre ainda mais de Draco e do quanto me sinto culpada pelo o que houve.

Chego ao jardim e me sento num banco. Por estarmos em meados do inverno, há uma agradável camada de neve no chão. Sinto alguns flocos caírem de forma cálida sobre minhas mãos e meu rosto. A palidez da neve faz-me lembrar o rosto de Draco. Sua pele clara contrastava de forma tão perfeita com os cabelos loiros e os olhos acinzentados de uma maneira inexplicável.

Abraço minhas pernas e repouso o queixo entre os joelhos. Fecho os olhos e presto bastante atenção no farfalhar suave das folhas no encontro com o vento. E torna-se impossível não lembrar da voz melíflua de Draco ao meu ouvido. Abrindo os olhos, dou de cara com um floco de neve em formato de coração - ou será apenas minha fértil imaginação? - e então percebo que eu precisofazer algo. Não posso ficar chorando pelos cantos enquanto meu namorado está em coma, entre a vida e a morte. Eu preciso fazer algo por ele, para ele.

Antes de mais nada, levanto-me. Confesso que não tenho a menor ideia do que irei fazer, mas vou em direção à sala de McGonagoll sem hesitar. Ao chegar, entro sem bater na porta.

- Senhorita Granger! - Ela se surpreende. - Algum problema?

- Olá, diretora. Desculpe-me por chegar assim, sem bater, mas eu preciso fazer alguma coisa por Draco.

- Fazer o quê? - Seu olhar expressa pura confusão.

- Também não sei.

Ela se levanta de sua cadeira, rodeia a mesa e para defronte a mim.

- Querida, você tem noção de algum desejo de Draco?

- infelizmente, não.

Seus olhos estão nos meus. Percebo que uma chama se acende em seu interior.

- Granger, você pode fazer algo pela mãe de Draco.

- A dona Narcisa? Mas ela está...

- Louca! Exatamente!

- Então, o que eu poderei fazer por ela? Ainda não descobri nenhum feitiço que cure loucura.

- Nem eu, tampouco. O que fazer é com você, Granger. A ideia eu já lhe dei.

Meu Amado MonitorWhere stories live. Discover now