Capítulo 30 - Festa de Natal

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Os dias se passaram. Hoje é, finalmente, 24 de dezembro. O dia da festa. O dia em que eu usarei meu vestido perfeito. O dia em que verei Draco vestido como um rei. O dia em que o verei tocar piano na frente de todos.

E provavelmente eu me emocionarei devido ao último fato.

Felizmente, Pansy não me incomodou nos últimos dias. Achei que ela estava quieta demais, o que é levemente suspeito. Conversei sobre isso com Draco e ele disse que eu estava exagerando e que deveria dar uma chance a ela.

Sinceramente, depois de tudo o que ela fez é difícil acreditar que ela merece uma chance.

No entanto, apesar de todas as minhas suspeitas, tenho tratado-a com toda a educação possível. Afinal, ela está grávida, e esse fato não pode ser ignorado.

Narcisa e eu não estamos tendo muito trabalho em relação a ela. Pansy passa a maior parte do tempo no quarto. Quando quer conversar com Blás ou Draco, eles vêm até ela. Ontem escutei - sem querer - uma conversa entre ela e Blás.

- Eu amo você, Pansy. Me dê uma chance, por favor? - Ele disse.

Um pouco sem graça, mas ainda assim sendo Pansy Parkinson, ela respondeu:

- Eu já disse que meu negócio é o Draco.

- E o negócio do Draco é a Hermione. Desista, Pansy!

Furiosa, ela retrucou:

- Desista você! Eu já disse que não quero nada com você.

Sarcástico, ele contra-atacou:

- Por que? Só porque não tenho os lindos cabelos platinados e os olhos azuis de Draco? - E deu uma risada sem vida. - Sinceramente, eu estou muito bem sendo quem sou.

Pansy passou um tempo em silêncio, depois disse calmamente:

- Não posso desistir de Draco. Ele é importante para mim.

Blás respirou fundo, então declarou:

- Você é importantíssima para mim, por isso não desisto de você. - Pela fresta da porta, ousei olhar para eles. Blás acariciou levemente o rosto de Pansy com o polegar. Depois, aproximando seu rosto do dela, perguntou: - Você o ama?

Ambos fecharam os olhos. Vi Pansy abrir a boca duas vezes para responder, mas não ouve um som. Blás chegou a roçar seus lábios nos dela, mas Pansy o empurrou e disse - a voz trêmula:

- Não, não o amo. Mas também não amo você. - Mais recomposta, pediu: - Por favor, me dê licença.

Não perdi meu tempo saindo de onde estava, Blásio não se incomodaria por saber que eu estava ouvindo tudo. De qualquer forma, ele provavelmente me contaria depois. Trocamos um olhar rápido, depois entrei no quarto.

De ontem para hoje, Pansy e Blás não se falaram. Percebi o quão pesadas eram suas trocas de olhares. No fundo, percebi que Pansy queria poder dizer algo, queria poder fazer algo a mais: ela queria poder ter seus lábios juntos, queria poder sentir as mãos dele acariciando sua barriga, queria que ele a fizesse feliz. Mas era muito orgulhosa para desistir de Draco e deixá-lo livre para mim.

Hoje ajudarei Narcisa a decorar a casa para a festa.

- Pansy, estou descendo para ajudar dona Narcisa. Precisa de alguma coisa? - Perguntei antes de ir.

- Bom... - Ela se espreguiçou. - Chame o Draco para ficar comigo. - Não, não foi um pedido. Foi tipo uma ordem.

- O.k. - Suspirei.

Fui até o quarto de Draco e dei duas rápidas batidas, logo em seguida ouvi ele e Blás dizerem algo como "entra". Abri a porta lentamente, temendo que um deles - Blás - estivesse sem camisa. Para minha alegria, apenas Draco estava semi-vestido.

Meu Amado MonitorWhere stories live. Discover now