Capítulo 37 - Eu Nunca Disse Adeus

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Narrado em terceira pessoa

Haviam se passado dois meses e meio - era março, o calor do sol agradava a todos. Embora todo esse tempo tivesse passado, algumas pessoas sentiam como se apenas poucas horas houvessem caminhado.

E Minerva McGonagoll era uma dessas pessoas. A respeitada diretora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts estava com os pensamentos inebriados, tanto por problemas pessoais como por problemas pessoais. Mas havia um assunto em especial que envolvia a ambos os lados: Blásio Zabini.

O rapaz era muito mais do que um aluno, era um filho que Minerva deixara há 19 anos. O filho dela e de Voldemort. O filho do demônio. Ela tentara resistir, mas não fora possível. Voldemort dissera que, caso ela viesse a engravidar, queria que a criança seguisse seus passos, que viesse para o lado das trevas e desse continuidade ao que ele iniciara. Mas ela não podia fazer isso com uma criança inocente, ela não podia preparar seu pequeno e indefeso filho para seguir os passos do bruxo mais maligno, cruel e sedento de poder de toda a história.

No entanto, agora que tudo havia acabado, Minerva almejava mais que tudo revelar ao rapaz suas verdadeiras origens. Mais do que isso: ela desejava poder cuidar dele como uma mãe. Ela o fizera às escondidas durante os anos que o filho vem passando em Hogwarts. Vê-lo entrar para a Sonserina - a Casa do pai - não a agradou, tampouco suas atitudes diárias. Mas seu segredo era superior a tudo - às suas vontades, aos seus quereres de mãe -, ela não podia revelar o que escondia devido aos seus caprichos; sem contar que a segurança de Blásio estava acima de qualquer desejo seu.

Minerva conversara com David e Louise Zabini há uma semana. Após uma intensa conversa e uma relutância absurda, os Zabini concordaram que Blásio deveria saber a verdade; afinal, tratava-se dele. Mas Minerva não sabia como e muito menos por onde começar. Seria um choque muito grande para o garoto descobrir que é adotado, veja lá saber que é filho de Voldemort. No entanto, agora que estava determinada a contar a verdade para Blásio, Minerva não podia recuar. Desistir a essa altura do campeonato não era do seu feitio.

E esse rapaz tão jovem estava caminhando pelos jardins de Hogwarts, desejando que todos os seus medos se dissipassem e todos os seus desejos se realizassem. Ele poderia estar com Pansy, mas ela estava com Emília Boostrode - e Blásio não se dava bem com ela -, por isso decidira caminhar um pouco.

Durante seu trajeto, Blásio viu Ron e Luna sentados num banco - conversando, rindo, se beijando. Eles deram um aceno para Blás, que retribuiu. O Sonserino só queria ter um relacionamento como o deles, seria pedir demais? Ele só queria poder ser agraciado com algo tão bom quanto o amor. Ele sentia isso em seu coração e sabia que Pansy também sentia, mas ela lutava tanto contra aquele sentimento...

Blásio sentia necessidade de estar com Pansy. Ao contrário do esperado, ela não era a pessoa que bagunçava tudo, que o deixava sem rumo, que desnorteava sua vida; Ela era a pessoa que dava sentido a tudo, o norte de sua bússola, a base para sua vida. Ele sabia que era amor, tinha certeza disso. Mas ficava em dúvida se ela conseguia ver o quanto o sentimento entre eles era bom e maravilhoso.

Enquanto caminhava de volta para o castelo, Blásio imaginou se não deveria ir ficar com Pansy mesmo que Emília estivesse por perto. Afinal, Pansy precisava de alguém literalmente forte por perto. A Sonserina já estava com oito meses de gestação, uma barriga enorme a acompanhava. A qualquer momento era possível que a bolsa estourasse, sem contar com as contrações. Decidiu, então, que deveria permanecer ao lado dela. No entanto, enquanto retornava à sala comunal da Sonserina, encontrou uma pessoa.

- Olá, sr. Zabini.

- Diretora. - Blásio a cumprimentou educadamente.

- Podemos conversar?

Meu Amado MonitorWhere stories live. Discover now