Sete

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- Não queria que já fosse - digo a minha prima

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- Não queria que já fosse - digo a minha prima.

- Preciso passar uns dias com a minha mãe e mostrar que estou bem, ela não acredita quando eu falo por telefone - diz pondo o cinto - Seu cão de guarda está no carro de trás.

- Ele vai seguir meu carro - digo e suspiro - Eu entendo o papai ficar preocupado e até brinco com isso, mas não gosto de ninguém me seguindo.

- Espero que dona Aisha não saiba disso, é algo que ela faria - diz rindo.

- Realmente faria - concordo ligando o carro e saindo do condomínio.

Dirijo até a casa da minha tia, o caminho não é longe e logo estamos na casa dela, Heitor para o carro do lado de fora do muro dizendo que não é necessário entrar.

Então sigo com Hope até parar de festa casa, descemos do carro e Hope toca a campainha, logo minha tia abre e fica alguns segundos olhando minha prima e então a puxa para um abraço apertado onde diz várias coisas.

- Você está bem mesmo? Morri de saudades, por favor filha não vai mais - pede e Hope só da risada.

- Mamãe eu tô b, também estou com muitas saudades e não dona Aisha, não vou deixar de ir, mas não vamos falar disso - diz beijando o rosto da mãe - Cadê meus pais?

- Austin está no escritório trabalhando e Aaron foi ver algo com seu avô - responde e me olha sorrindo - Luna como você está?

- Estou bem tia e você? - questiono abraçando ela que me aperta.

- Estou bem querida - diz sorrindo mais diminui me olhando - Eu soube o que aconteceu e sinto muito, você está realmente bem? Se quiser conversar comigo eu estou aqui.

- Ah sim, estou bem, graças a Deus não foi algo que chegou até o fim - digo engolindo em seco e ela respira parecendo aliviada.

- Sei que não tem culpa querida, mas infelizmente temos que ser cuidadosas quanto a nós mesmas - fala e assinto, ela me puxa abraçando de novo e beija minha testa.

- Está tudo bem, o papai até colocou um segurança para ficar atrás de mim - digo rindo e Hope faz um som de desagrado.

- Sério? Isso me parece uma boa idéia - diz olhando para minha prima - Entre eu fiz um almoço, os meninos devem estar chegando.

- Acho que não vou poder, Heitor ficou lá fora, e apesar de ser o trabalho dele fico sem graça de o deixar esperando sem ter avisado que ia demorar - falo.

- Pode chamá-lo para se juntar a nós, não há problema - diz sorrindo e assinto.

- Ok, volto logo - falo caminhando para fora, atravesso a rua e bato na janela do carro, ele abaixa e me olha.

- Pois não? - questiona.

- Vou ficar para almoçar na minha tia, ela disse que era para você vir também - falo e ele vai abrir a boca - Ela não gosta de ouvir nenhum não, então ou você vai por bem, ou ela vai vim buscá-lo.

Ele cerra os olhos para mim talvez achando que estou mentindo.

- Ok, disse sério, olha ela olhando para cá - aponto para a porta onde minha tia está - Não se preocupe, na minha família todos são simpáticos e ninguém é rude com ninguém de bem, ela o chamou pois sabe que é alguém bom.

Ele sai do carro e me acompanha para dentro de casa, minha tia sorri simpática ao vê-lo e estende a mão para um cumprimento.

- Obrigado pelo convite senhora - diz.

- Por favor não me chame de senhora - pede - Vou verificar o almoço, podem se sentar aí, Hope subiu para o quarto e já vai descer Luna.

- Certo tia - digo me acomodando no sofá, Heitor se senta e fico encarando ele que parece tímido, sorrio vendo seu rosto sério que ainda assim é fofo.

A porta da sala se abre e vejo Aaron um dos maridos da minha tia, ele sorri simpático e bagunça meus cabelos.

- Eae pirralha - diz - Só veio você?

- Vim deixar a Hope e tia Aisha me chamou para almoçar - digo e vejo ele sorrir ao ouvir o nome da filha.

- Onde ela foi? - questiona.

- Ao quarto - digo e ele sorri, então se dá conta de que não tem só eu na sala.

- Me desculpe a mal educação, sou Aaron e você? - questiona a Heitor.

- Heitor - responde pegando a mão do meu quase tio.

- Seja bem vindo - diz - com licença, verei minha filha agora.

- Certo - eu e Heitor dizemos juntos.

Ele sobe as escadas correndo e dou risada, enquanto ele é mais hiperativo, Austin é tranquilo, acho fofo a maneira que são um com o outro e o quão fofos são com a tia Aisha.

Minha tia diz que o almoço está servido quando todos descem, nos juntamos na sala de jantar e começamos a comer.

Todos tratam bem Heitor e ele parece surpreso.

Meus pais sempre foram pessoas receptivas e nos ensinaram a ser assim, toda a família é, se alguém aparecer e demonstrar ser de bem é automaticamente bem vindo.

Lembro quando o Eros chegou na vida do Ravi e consequentemente nas nossas, ele parecia tão perdido, então de repente se viu no meio de vários loucos e virou da família só por fazer bem ao Ravi.

Confesso que já tive vontade de bater nele quando começou com meu irmão, a primeira quando não queria ouvir sobre os sentimentos do Ravi em relação a sua simbologia de cores, a segunda quando gritou com o Ravi, mas essa eu relevei pois sei que ele estava cansado tadinho.

Depois disso meu pai conversou com ele e fez com que aceitasse ajuda, podem até dizer que ele forçou o Eros a aceitar tudo e realmente foi isso quando comprou o apartamento e fez ele ser despejado só para ter que aceitar o que era da minha mãe e ter um lugar mais digno de morar, ou quando o fez aceitar a faculdade que pagou dizendo que se não aceitasse iria fazer ele perder o emprego e não conseguir outro.

Mas ele fez pensando no bem estar do garoto, Eros se tornou um filho e ele estava tentando demonstrar o amor que sentia, mesmo que não admita isso nunca.

E também tinha Yllian que era só um bebê na época, precisava de um lugar melhor agora morar, Eros mesmo diz que foi bom meu pai ser um pé no saco e um insistente do caralho - ele não disse com essas letras - Pois ele sabe que não estaria bem hoje em dia se tivesse vivendo como vivia antes.

Meu pai tem métodos questionáveis de fazer coisas boas, mas tudo que faz é de coração e eu amo isso naquele homem que é uma manteiga derretida e tem o coração mole feito marshmallow.

Sorrio e volto a atenção ao almoço, Aaron está conversando com Heitor sobre seguranças, e ele está indicando a empresa para qual trabalha dizendo as qualidades dos funcionários e tudo mais.

Começo a conversar com minha tia, Hope e Austin sobre casualidades e assim o almoço vai passando.

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Meu trisal de lindos❤️❤️

Quem não sabe, Aisha, Aaron e Austin são o trisal do livro "A verdade de Aisha Ruskin" ele está no outro perfil após ter sido perdido por denúncias.

Quem não lei vai ler, apesar de triste no início é uma história linda de superação, recomeço e resignificação de coisas que causaram mal a ela ❤️

Sob Seus Olhos - Spin off Azul É A Cor Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora