Quinze

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Encosto meu corpo no banco enquanto vejo a professora desfilando de um lado para o outro explicando o assunto da vez

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Encosto meu corpo no banco enquanto vejo a professora desfilando de um lado para o outro explicando o assunto da vez.

Olho para o celular ansiosa vendo se já está perto do fim da aula e fico feliz quando vejo faltar cinco minutos.

Eles passam devagar demais e eu estou mega ansiosa para sair daqui, passar em casa, trocar de roupa e ficar pronta para um final de semana espetacular com meus primos e primas onde vamos comemorar o aniversário das trigêmeas da tia Alicia.

Agnes, Aeilyn e Felicity estão fazendo dezoito anos e nós vamos passar o fim de semana na casa de praia da família, criamos o ritual de fazer todos os aniversários lá, pelo menos de nós os jovens.

Nossos pais gostam de comemorar na casa de alguém, mas nós queremos festa até o amanhecer e por isso passamos da sexta ao domingo na casa de praia sempre que é aniversário de alguém, depois comemoramos com todos.

Vejo que deu o horário e guardo minhas coisas saindo da sala junto com o restante dos alunos, caminho entre as pessoas e corro para fora sem me despedir de ninguém.

Saudades de ficar louca no meio de quem eu posso confiar de olhos fechados.

Vejo o carro de Heitor parado e antes de eu chegar perto ele abaixa o vidro, mordo os lábios ao ver seu rosto sério em sua pose profissional, uma de suas mãos está no volante e a outra na janela.

Abro a porta e me sento no banco do passageiro.

- Olá gentil senhor - brinco colocando o cinto.

- Olá - diz com sua voz levemente rouca e eu quase solto um gemido por isso.

- Siga rápido para minha casa, preciso tomar banho e me arrumar para um final de semana de diversão! - digo animada e ele da partida no carro.

Pego o celular e entro no grupo de primos vendo as mensagens.

...

"Pode levar alguém além de nós?" Minha prima Hope questiona.

"Podem levar quem quiser, desde que não arrumem confusão" Agnes diz.

"Vai levar um dos seus ficantes?" Questiono com um sorriso e ela manda uma carinha em resposta.

"Só levo se você levar Heitor" a safada joga e todos começam com perguntas.

- Essa puta - digo olhando ela colocar emojis de riso enquanto o caos tá formado no grupo.

Quem me dera ele fosse e nós estivéssemos em um relacionamento, isso teria sexo e sexo é o que eu preciso agora, sorrio e olho para ele que está concentrado.

- Você vai nessa viagem não é? - questiono.

- Não me foi solicitado, seu pai disse que sempre vão só vocês e é tranquilo - responde.

- Tranquilo? Da última vez nós acordamos nus na praia e por Deus, que não tenhamos feito uma suruba incestuosa - digo e ele me olha abismado - Claro que nossos pais nunca souberam disso, apesar o tranquilo da nossa família ser uma coisa louca, isso é o cúmulo da loucura.

- Está falando sério? - ele questiona.

- Da suruba incestuosa? Não estou, não fizemos eu acho, mas acordamos nus, sorte que a praia é só nossa - digo e rio lembrando de ter acordado com o sol no rosto e areia em todas as partes possíveis - Foi no meu aniversário e do Ravi de 18 anos, ele foi o único que ficou em casa dormindo após curtir um pouco, não participou dessa loucura.

- O único sensato da família - diz.

- Vamos, se não vai trabalhar, pode ao menos se divertir, todos são loucos mas pessoas boas, ninguém mata ninguém - digo e ele me olha - Além de que eu posso precisar de proteção sei lá.

- Proteção contra o que? - questiona.

- Contra mim mesma - digo rindo.

- Nesse caso preciso ir mesmo - fala e me olha com um sorriso de lado.

Sorrio feliz e fico quieta em meu banco até chegarmos em casa, vou para minha cobertura e ele na dele dizendo que vai arrumar uma mala rapidinho.

Minutos depois estamos em seu carro e eu o guiando pelo caminho até a casa de praia da família.

•°•°•°•

Assim que o carro para de frente a casa vejo alguns carros e sorrio, Heitor para o carro e pulo para fora ao ver Théo.

- Amor da minha vida! - digo andando até ele e o abraçando forte.

- Você trouxe Heitor? - questiona e sorri malicioso.

- Ele veio só fazer minha segurança, nada além - digo e ele cerra os olhos negando - Vou entrar já, não é justo deixar ele carregar minha mala sozinho.

Beijo o rosto dele e volto para o carro, pego minha mala e caminho com Heitor ao meu lado agora dentro de casa.

Assim que abro a porta o barulho começa, todos começam a falar ao mesmo tempo e vejo Hope me olhando com um sorriso safado.

- Vamos bebemorar! - ela grita e levanta uma garrafa de whisky virando em goles logo depois.

- Bem vindo ao hospício dos Faulkner Heitor - digo com um sorriso e ele parece perdidinho coitado.

Vou amar corromper ele que parece um pouco quieto demais.

•°•°•°•

Voltei!








Sob Seus Olhos - Spin off Azul É A Cor Do AmorWhere stories live. Discover now