Dezessete

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Ao acordar tenho a percepção de que um trator passou por cima de mim enquanto eu dormia

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Ao acordar tenho a percepção de que um trator passou por cima de mim enquanto eu dormia.

E de que há algo muito duro quase em cima de mim.

Por Deus eu sempre me esqueço que vodka não é água.

Abro os olhos e dou graças do quarto está escuro e não me cega com claridade, fico tateando o nada e encontro mãos grandes e fortes contra mim.

Minha bunda está bem acomodada em uma ereção firme e eu posso ouvir os anjos cantando, de repente esqueci até a ressaca.

- Huum - gemo manhosa e mexo meu quadril sentindo Heitor me apertar forte.

Como sei que é ele? Eu simplesmente sei.

- Heitor - chamo manhosa - Heitor.

- Hum? - responde sonolento.

- Quer ter sexo cura ressaca comigo? - questiono e ele fica parado alguns segundos e então se afasta abruptamente me fazendo rir e chorar ao sentir uma pontada na cabeça - Porra!

- Vou para meu quarto - diz rápido e sai apressado.

Esfrego o rosto e me sento devagar, minhas ressacas são leves, mas vodka me mata viu.

Dou uma risada ao lembrar de algumas coisas e me jogo na cama de novo tentando trocar de olhos abertos.

Rolo na cama e como uma morta viva chego ao banheiro, tiro minha roupa e entro embaixo do chuveiro me molhando toda.

Depois do banho escovo os dentes, coloco um biquíni e por cima um vestido soltinho, então saio do quarto a procura de alguma comida boa.

Quase chegando na cozinha começo a sentir cheiro de comida e sorrio quando minha barriga ronca, vejo alguns sequelados pela noite passada sentados pela cozinha e Hope ao lado de Heitor fazendo um enorme café da manhã.

Observo os dois conversando e rindo de algo, parecendo bem íntimos.

- Bom dia - digo e beijo o rosto da minha prima que tem uma vasilha na mão mexendo alguma coisa, depois beijo o rosto de Théo e Agnes que estão na bancada.

- Tem remédio para ressaca na segunda porta do armário - Hope diz.

- Por isso que eu te amo - digo e abro a porta do armário pegando o remédio e tomando, depois me sento esperando o café da manhã.

Heitor parece me ignorar de propósito e tenho vontade de pegar a frigideira e bater com ela em sua cabeça, mas deixo para ver até onde ele vai.

Depois de tomar um belo café pego minha bolsa e um carro e resolvo sair para comprar algumas coisinhas no posto de conveniência aqui perto.

Saio sem que ninguém veja e dirijo devagar até o local, essa cidade é tranquila e pacata, nossa família apesar de ser bem maluca e barulhenta gosta de lugares sossegados assim, não é atoa que quase todos moram dentro do mato.

- Você é nova por aqui? - um garoto que deve ter minha idade questiona.

- Mais ou menos, vim passar o fim de semana - respondo dando um sorriso.

- É que você é muito linda - diz e leva a mão para tocar meu rosto mas impeço.

- Não sei o que uma coisa tem a ver com a outra, mas agora preciso ir, com licença - digo me afastando e indo para o caixa pagar o que peguei.

Vejo ele ficar olhando e sinto um pouco de medo, procuro nos bolsos e lembro que não trouxe meu celular.

Juntos as sacolas na mão esquerda e carrego até o carro, jogo no banco do carona e entro no banco do motorista, olho para a loja e o garoto ainda está me olhando mesmo que não me veja.

Ligo o carro e acelero em direção a casa, quando chega em determinado lugar paro um pouco e respiro aliviada por já está perto de casa.

Mas é então que vejo um carro em alta velocidade vindo pela estrada atrás de mim, ligo meu carro e acelero já imaginando quem seja já que não passa ninguém por essas estradas.

Sinto meu coração descontrolado no peito enquanto acelero em direção a casa, mas lembro de todos lá e me sinto culpada, mas logo sinto um alívio quando vejo um carro branco vindo de frente e constato ser o de Heitor, ele freia o carro quando chega perto do meu e faço o mesmo.

Vejo sua porta ser aberta e ele descer com uma cara de puto, olho para trás e a mais ou menos cem metros o outro carro parou.

Heitor bate na janela e abaixo o vidro devagar.

- Você saiu sem dizer a ninguém e roubou um carro - diz bravo.

- Não roubei, sempre pegamos uns dos outros e eu sou de maior, caso não se lembre estamos nessa viagem como amigos - digo - Mas nem vou brigar, sei que fui irresponsável, e caso não tenha percebido eu estava sendo seguida provavelmente por um maníaco maluco e estou agradecida por você estar aqui com sua preocupação de segurança.

- Porquê não ligou logo? - questiona e olha para o carro, mas o maluco da a ré e sai em disparada pelo mesmo caminho que veio.

- Deixei o celular em casa, me desculpa por sair assim sem avisar, fiquei realmente com medo e não farei mais isso - digo sincera e ele fica me encarando alguns segundos, então se afasta e respira fundo.

- Vamos embora, vou atrás te seguindo - diz e caminha até seu carro.

Ligo o meu e dou partida em direção a casa, vejo ele indo atrás me acompanhando, quando chegamos na casa deixo o carro na frente e pego minhas sacolas vendo ele sair do carro.

- Onde estão todos? - questiono.

- Foram a praia - responde batendo a porta do carro e caminhando para dentro, sigo atrás dele e fico secando sua bunda que fica empinadinha quando anda.

- Também adoraria ir a praia, mas estou tão cansada, quer tomar banho de piscina comigo? - questiono querendo ver ele de sunga.

- Melhor não - diz e faço um bico colocando as coisas na bancada.

- Vai, somos amigos, além de que eu posso sair de novo como uma louca sem avisar a ninguém - digo e ele me encara.

Sorrio inocente e ele passa as mãos nos cabelos.

- Ficarei nas espreguiçadeiras te observando - diz e sorrio sabendo que ele só está fazendo cu doce, mas logo para e eu terei o que quero.

Que é ele inteirinho para mim.

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Sem memes pq perdi meu cartão de memória e tão tudo salvo nele 🥺

Sob Seus Olhos - Spin off Azul É A Cor Do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora