04. Proposta ⛓️

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━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐈

Eu preciso agir.

Não posso ficar deitado na cama, sem ter nada para fazer, sendo que a minha mulher está dando graça de eu não estar fazendo nada para atormenta-la. Não sabemos quanto tempo temos aqui juntos, então eu não posso perder essa chance. Eu preciso agir e vai ser agora.

Tiro o lençol com o edredom de cima de mim e vou em busca de uma roupa, para sair o mais rápido possível daqui. Passei a noite pensando no que ia fazer nos dias seguintes, para amansar Bárbara e até agora só tive três ideias. E vou usar uma delas agora.

━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Me levantei da cama, louca para comer alguma coisa, porque minha barriga estava roncando de fome. Abri a geladeira, pegando várias coisas para usar e para fazer um belo café da manhã. Cortei algumas frutas e coloquei todas no liquidificador, para fazer uma vitamina e enquanto batia tudo, fui preparando um lanche na sanduicheira. Com tudo pronto, peguei o prato, onde estava o lanche e o copo e fui para a sala, para tomar meu café assistindo televisão.

Escutei uma batida na porta, o que me fez pensar se era aqui ou em outro apartamento, então deixei quieto. Se fosse aqui, bateria de novo. Volto a atenção no meu celular, que não resisti de pegar e vejo que chega uma mensagem de um número desconhecido. Estranho rapidamente aquilo e leio a mensagem.

"Abra a porta."

Confusa, olho para a porta, pensando no que poderia ser aquilo. Um pouco de apreensão passa por minhas veias, mas decido ir ver o que é. Me levanto do sofá, indo até a porta e quando abro, meus olhos caem direito para o chão, onde tem um lindo buquê de rosas bem vermelhas. Mesmo ainda estranhando aquilo, pego o buquê e cheiro, sentindo aquele perfume incrível de rosas entrar pelas minhas narinas. Olho para os dois lados do corredor e não encontro ninguém. Fecho a porta, com o buquê em mãos e vejo que tem uma pequena carta no meio das flores.

Admirador secreto, é? Que chique.

Pego o cartão e abro ele, retirando o pequeno pedaço de papel de dentro. Assim que olho a caligrafia, meus pensamentos vão em uma só pessoa. Começo a ler a carta.

"Bom dia, primeiramente.

Sei que gostou das rosas, porque a conheço muito bem e sei que são suas flores preferidas, já que errei quando lhe dei um buquê. O primeiro buquê de flores que ganhou meu.

Não sei o que pode fazer com o buquê, mas espero que não faça nada de mal a ele, porque é um presente. Sei que pode me odiar mais ainda com o gesto, mas por favor, não aumente seu ódio por mim. Não sou uma ameaça pra você e nunca vou ser. Então eu peço, que por favor, me dê um voto de confiança. Nem que seja bem pouco, mas apenas me dê, porque eu preciso dele.

E quero que saiba de uma coisa. Eu não sou seu inimigo, Bárbara. E espero que goste do presente.

𝘚𝘦𝘶 𝘢𝘮𝘰𝘳."

Que idiota! Que cara idiota.

Acha mesmo que vou lhe dar um voto de confiança, por conta de um buquê de flores? Tá de sacanagem, né? Que merda ele tem na cabeça? Acha mesmo que um buquê de flores vai me fazer esquecer o que fez comigo? Nunca! Só ele mesmo.

Amasso a carta, com ódio e vou em direção a cozinha, onde abro o lixo e jogo a carta, junto do buquê. Fecho a tampa e volto para a sala, para voltar a tomar meu café, como se nada tivesse acontecido. Juro, o que ele tem na cabeça. Merda, só pode. Agora, como ele conseguiu meu número? Quem deu pra ele? Quem poderia ter dado meu número?

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Where stories live. Discover now