42. Alarme falso ⛓️

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━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐈

— Quem é a coisa mais linda da mamãe? — ouvi Bárbara dizer e saí da cozinha, vendo ela e Aurora descerem as escadas.

— Eu!

— E quem vai toda linda pra escolinha? — disse de novo, fazendo Aurora dar um pulinho.

— Eu!

— Vai sair? — minha mulher pergunta, me vendo na sala, esperando por algo.

— Vou levar ela na escola. — digo, fazendo ela me olhar surpresa.

— Eba! — Aurora pulou, vindo até mim com os braços erguidos, me fazendo pegá-la no colo.

— Tá bom, então... — Bárbara disse. — Sabe onde é? — me entregou a mochila de Aurora, que peguei com a outra mão.

— Sei.

— Então tá. — Bárbara beijou Aurora, em sua bochecha. — Boa aula, meu amor. Mamãe te ama.

— Também ti amo, mamãe.

Bárbara me deu um beijo, me desejando bom trabalho e Aurora e eu saímos de casa. Coloco ela dentro do carro, na parte de trás e vou para meu lugar, no volante. Saio da frente de casa, pegando a rua, que nos leva para a cidade. Aurora veio falando comigo o caminho todo, sobre coisas que nem conseguia entender, por estar prestando atenção no caminho, mas fui respondendo.

Uma parte que tive que aprender sobre paternidade. Aurora fala demais e tive que aprender a prestar atenção e responder, mesmo que eu não esteja interessado em saber sobre o que está falando. Mas no fundo agradeço por ter isso e não posso achar ruim. Eu gosto disso.

Parando o carro em frente a escola, saio do carro e tiro Aurora de trás do carro e pego sua mochila, entregando a ela. Vou até a entrada da escola, vendo o movimento ali na frente, até meus olhos batem em um homem, que achei suspeito na mesma hora. Fiquei tentando saber quem é o homem, mas não consegui.

— Papai? — Aurora me chama, puxando minha mão.

O homem mexe no celular, tirando a atenção da movimentação que está na frente da escola e penso que ele pode ser o cara que estava olhando para dentro do restaurante, onde Bárbara e eu fomos almoçar. Sinto um puxão na mão de novo e olho para baixo, vendo Aurora.

— Papai tem que ir, princesa. — me agacho. — Boa aula. Papai te ama. — viro a cabeça em direção a onde o homem estava e o vejo sair de perto. Volto para Aurora.

— Também ti amo, papai. — ela me deu um beijo na bochecha e correu para dentro da escola.

Me levanto, ignorando os olharem sobre mim e acelero os passos, em direção aonde o suspeito foi, depois de mexer no celular. Olho ao redor, em busca dele e o vejo entrando em um beco, longe de mim. Penso, em alguma coisa para pegar o cara, até que tenho uma ideia. Vou depressa até o outro lado da rua e entro em outro beco, que supostamente dá onde o suspeito entrou.

Pego a arma na cintura, andando em silêncio pelo beco, vendo se vejo o homem ou escuto os passos dele. Quando vejo uma sombra, me posiciono e escuto seus passos se aproximarem de mim. Ergo a arma, sem fazer barulho e quando ele passa por mim, agarro seu pescoço e posiciono a arma na lateral da sua cabeça.

— Me solta. — ele grunhi, tentando se soltar e eu pressiono mais a arma em sua cabeça.

— Cala a boca ou eu atiro. — praguejei, apertando mais seu pescoço.

— Me solta, seu filho da puta. — ele grunhiu de novo, com dificuldade em falar e decidi enforcar mais ele, para ver se parava de falar.

— Pra quem você trabalha? — perguntei.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora