26. Sua filha? ⛓️

896 64 21
                                    

━━ 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐀𝐒𝐓𝐄𝐋𝐋𝐈

Estava mexendo com uma pilha de papeladas, me estressando cada vez que aparece mais outra pilha de repente, até que Arthur entra no meu escritório, sem eu esperar e vejo sua expressão de... indignação?

— Desde quando a Bárbara tem uma filha? — pergunta surpreso e eu fico quieto, olhando-o fixamente. — Responda!

— Dá onde tirou isso? — faço uma expressão de entediado. Não sei da onde tirou isso, mas ele não pode descobrir a verdade.

— Eu vi! Estava passando na rua de carro, até que eu vi ela e uma criança, usando a mesma blusa, que só mãe e filha usam.

— Não pode ser sobrinha dela?

— Ela não tem irmão.

— Estou dizendo da amiga dela.

— A menina é morena, Victor! A amiga dela é loira. E as duas não iam usar a mesma blusa, sendo tia e sobrinha.

Não ia ter jeito, a não ser contar a verdade. Arthur não era uma pessoa fácil de convencer, principalmente quando viu algo que não vimos. Se eu contar e dizer que não pode contar a mais ninguém, que Bárbara realmente tem uma filha, ele vai ter que fazer isso, porque prometi a ela que ninguém ia saber da existência de Aurora por enquanto. E vou fazer Arthur jurar que não vai contar a ninguém isso.

— Tá legal. — encosto as costas na cadeira. — A Bárbara tem uma filha, sim. E não, não é adotada. — Arthur arregala os olhos, pasmo.

— Ela gerou aquela menina? Na barriga dela? — afirmo. — Puta merda... A menina é sua filha?

— É claro que não, Arthur! Ela engravidou de outro, depois que a gente terminou.

— Tem certeza que não é sua filha? — voltou a falar.

— Sim. Sempre usamos camisinha. Não tem como ser minha filha. Ela me contou a história. Foi coisa de uma noite só e deu que ela acabou engravidando do cara, que nem quis assumir a criança e sumiu.

— Que pau no cu. — murmurou, se sentando na cadeira a minha frente. Olho em direção a porta, que está aberta e vejo minha mãe, completamente em estado de choque.

Ah, puta merda...

— O quê? Que história é essa que a Bárbara tem uma filha?

Puta que me pariu... Mais essa.

Olho para Arthur, que me olha e olha para minha mãe, quieto. Merda. A porta estava aberta o tempo todo e eu não sabia que minha mãe já tinha voltado para casa. Ela entra no meu escritório, olhando para mim e para Arthur, esperando uma resposta, que ninguém deu ainda.

— Será que alguém pode me responder?

— É... Então tia... — Arthur começa a falar eu já o olho de cara feia.

— Cala a boca, Arthur. — rosnei e ele se calou.

— Me responda, Victor. — minha mãe me olhou de jeito sério. — E não venha mentir pra mim, porque eu escutei muito bem, que a Bárbara tem uma filha. — suspiro, vendo que não vai ter jeito e que vou ter que contar.

— Ela tem mesmo uma filha. — respondo, quase murmurando.

— A menina é sua filha? — questiona, arregalando os olhos.

— Não! É de outro. Não escutou a conversa? — me ajeitei na cadeira.

— Quantos anos tem a menina?

— 3 anos. Não tem como ser minha filha. Ela me contou, que se envolveu com outro e acabou engravidando. E a menina não é minha filha, certo? Parem de ser loucos. — me joguei na cadeira, suspirando.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Where stories live. Discover now