• 𝐀𝐥𝐠𝐮𝐦𝐚𝐬 𝐬𝐞𝐦𝐚𝐧𝐚𝐬 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬
━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓
Estava me sentindo enjoada. Tinha comido algo que não agradou meu estômago. Estou sentada na mesa, junto de Paula e Sophia, enquanto nossos maridos estão conversando com os amigos por aí. Estávamos em uma festa, por conta de que quis tirar um tempo sozinha com Victor e com nossos amigos, então aqui estamos nós. Victor não sei onde está, mas quando sinto uma ânsia se aproximar de mim, olho para todo o salão a procura dele.
— Vou procurar o Victor. — aviso a Paula e a Sophia, me levantando da mesa. — Já volto aqui. — me viro, me afastando da mesa, evitando fazer careta de enjôo.
Vou atrás de Victor, nem imaginando onde poderia estar e começo a andar entre as pessoas, buscando ele. A festa estava cheia, então talvez seria difícil de encontrar ele. Senti de novo meu estômago remexer e tentei esquecer, para ver se ia embora o mau-estar. Eu não queria sentir ânsia em meio a uma festa. Não mesmo. Não sei o que eu poderia ter comido que está querendo me fazer mal, mas agora só quero uma água com gás para ver se passa esse mau-estar.
Ao sentir meu estômago embrulhar de novo, agora piorando mais, ponho a mão na barriga e outra na boca e por um momento, penso em que vou vomitar. E acho que dessa vez eu vou mesmo. Pisco e vejo Victor conversando com alguns homens e vou até ele, para dizer que não estou me sentindo bem. Toco seu braço, o que faz ele notar minha presença e eu me aproximo do seu ouvido.
— Vou no banheiro. Não tô me sentindo bem. — resmungo meu mau-estar e ele me lança um olhar preocupado na mesma hora.
— O que está sentindo? — meu estômago se embrulha mais uma vez e mais forte e eu levo a mão a boca, evitando vomitar.
— Amor... eu acho que eu vou vomitar. — vou depressa para a direção do banheiro e escuto Victor dizer aos homens com quem estava conversando, que já voltava e então veio até mim.
Entrei no banheiro feminino e ele entrou em seguida e fui direto para a primeira cabine, jogando a cabeça em direção do vaso e jogando absolutamente tudo pra fora. Sinto Victor atrás de mim, presenciando a cena humilhante de me ver vomitando e com a cara dentro da privada, e quando a ânsia passa, tento controlar a respiração e a náusea.
— Está se sentindo bem? Quer ir embora? — nego, ainda ajoelhada na frente do vaso. Me levanto e dou descarga.
— Acho que comi alguma coisa que me fez mal. — saio da cabine, com ele me seguindo e lavo a boca na pia.
— O que poderia ter comido que te fez passar mal? Eu estou bem e comemos quase a mesmas coisas.
— Eu sei, mas acho que alguma comida não agradou o meu estômago. — resmungo, secando minha boca. Me viro para ele, que me olha bem preocupado.
— Está se sentindo bem agora? Se quiser, podemos ir embora, não tem problema nenhum. — eu nego de novo com a cabeça.
— Estou bem agora. Só foi uma ânsia que deu. — ele se aproxima, ficando de frente comigo.
— Tem certeza? Não quero te ver mal durante a noite.
— Estou bem agora. Eu juro. — ele estuda minha expressão facial.
— Não quero ter que te levar para um hospital. Mas quando se sentir mal de novo, me fala e vamos embora, certo? — afirmo e então ele beija minha testa. — Então vamos voltar lá pra fora. — ele pega minha mão e caminha comigo para fora do banheiro.
— Tem bala aí? — pergunto, caminhando em direção aonde ele estava antes com os amigos. — Não quero ficar com a boca fedendo vômito.
Victor retirou a bala do bolso e me entregou. Coloquei a bala de menta da boca e comecei a mascar, torcendo para que não sinta ânsia de novo. Voltamos para onde estava antes, com seus amigos e todos olharam preocupados para nós. Victor me segurou pela cintura e nem quis dar um sorriso forçado a eles, por conta da ânsia que ainda sentia. Vomitar era uma das coisas mais ruins que eu odiava ter.
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