28. Parecidos ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Comecei a colorir o desenho, enquanto Aurora pintava outro e por um momento, pensei em desistir, mas iria fazer isso porque Aurora adorava quando eu pintava com ela. Mas só por isso mesmo. Encarei seu desenho e parei de pintar.

— O que você achou ontem do nosso almoço? — pergunto a ela, que segue pintando o desenho.

— Legal.

— Você gostou da mamãe e da irmã do tio Victor? — pergunto, temendo um pouco sua resposta.

— Xim! A tia Mi é muito legal! A genti binco bastanti nos blinquedos.

— Eu vi que você chegou toda eufórica pra comer. E a tia Angélica?

— Também! Ela é legal.

— Você gostou das duas então? — Aurora afirma, me deixando mais tranquila. Fico pensativa. — O que você acha de termos um dia bem legal hoje? Só eu e você? — ela se empolga.

— Eu quelu!

— Então daqui a pouco a gente vai sair, para comprarmos alguma coisa pra fazer uma sobremesa bem gostosa. Que tal?

— Ximmm! — se empolga mais, me fazendo sorrir.

— O que você quer fazer de sobremesa?

— Mussi!

— De chocolate?

— É!

— Então a gente faz o musse de chocolate.

Aurora volta a pintar e eu junto, para passar o tempo e fazermos a digestão do almoço e para depois irmos comprar as coisas que vamos precisar para fazer a sobremesa. Tempo depois, arrumei um pouco Aurora, penteando seus cabelos, para podermos sair. Deixando o prédio, sigo com ela para o centro, onde tinha um mercado perto e mais algumas outras lojas.

No caminho, acabamos vendo algumas vitrines de lojas, mas apenas por interesse, até que Aurora viu alguma coisa em uma loja, que ficou louca e me pediu para ir ver. Como boba que sou dela, entrei na loja e então soube do que estava falando.

— É massinha bilhante. — disse, pegando o pacote cheio de massinhas e moldes para brincar.

— Você quer um?

— Xim!

— Tá bom, então.

Demos uma olhada na loja, mas acabou que comprei só o que Aurora quis. Saimos da loja e fomos em direção ao mercado, para não ficar muito tarde e para podermos comer mais rápido o musse.

— Olha, mamãe! É o tio Victor! — disse, apontando para uma direção e então eu ergui a cabeça, vendo a direção que ela apontava.

Victor estava perto do seu carro, mexendo no celular e depois começou a falar ao telefone, coisa rápida. Fico parada na calçada, olhando ele, que nem nos nota e quando Aurora grita, chamando por ele, Victor ergue a cabeça e então nos vê no outro lado da rua. Aurora acena pra ele, que não devolve e então me olha, colocando o celular no bolso da calça e começa a andar na nossa direção. Ele olha para os dois lados na rua e atravessa, vindo até nós.

— Tio Victor! — Aurora grita feliz, pulando no colo de Victor, que agachou para pegá-la nos braços.

— Tudo bem, princesa?

— Xim!

— Nem tinha visto você. — ele me olha. — Aurora que viu e gritou.

— Tudo bem?

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Where stories live. Discover now