15. Conquista ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Quando saímos do banho, vesti a roupa que eu estava antes e deixei o quarto, com Victor vindo atrás de mim. Nós dois estavamos com fome, então ia preparar alguma coisa para comermos. Entrei na cozinha, que era bem grande e ele se sentou na pequena ilha da cozinha e ficou me vendo abrir os armários, em busca de comida.

— Você não tem comida aqui não? — fecho outro armário e abro a enorme geladeira de duas portas.

— Não costumo comer aqui.

— Ah, é. Você não sabe cozinhar. — tiro sarro. Fico olhando para a geladeira, pensando no que poderia fazer para comermos.

Encontro presunto e mussarela e acho em um dos armários, pão. Faço um lanche para cada e opto por esquentar ele na frigideira. Com os dois lanches prontos, pego o suco de uva que tem na garrafa e coloco em dois copos para a gente. Me sentei na ilha, junto dele e começamos a comer.

— Você precisa comprar comida. Não tem quase nada. — falo, mordendo meu lanche.

— Só como fora. Raramente como aqui.

— Ah, é. Ele é um filhinho de mamãe, que não sabe fazer sua própria comida. — tiro sarro de novo, fazendo ele me encarar. — Sabe fritar um ovo pelo menos, né?

— Nem sei como começa. — largo o lanche no prato e cruzo os braços, olhando para ele com indignação.

— Pelo amor de Deus! Você não sabe fazer nada na cozinha. Por isso que come fora.

— Quer fazer comida pra mim? — ele disse e suspeitei que poderia estar envolvendo alguma coisa maliciosa.

— Vou pensar no seu caso. — volto a comer.

Depois de comermos, limpo tudo e vou para a sala dele, onde tinha uma televisão enorme e um sofá espaçoso até demais. Victor se sentou no sofá e me puxou para ir junto e sem reclamar, eu fui. Optei por deitar, então me sentei no sofá e coloquei as pernas esticadas em cima da sua. Victor pôs a mão na minha coxa e me entregou o controle da televisão.

— O que você faz, pra passar o tempo? — pergunto, procurando um canal legal.

— Bebo. — encaro ele. — Tá legal. Eu bebo, trabalho, às vezes saio com um amigo, às vezes saio sozinho e ligo para Arthur, para conversar.

— Você tem amigos aqui?

— Sim. Recentemente fiz um, quando fui no bar jogar.

— Olha só, ele sabe fazer amizade. — fui irônica.

— Jogamos juntos uma partida apostada e por sorte ganhamos. Conversei com ele depois do jogo e gostei do cara. Era gente boa. — olho impressionada pra ele.

— Estou maravilhada de você fazer um amigo e gostar de uma pessoa.

— Gosto das pessoas quando elas não me tratam como uma pessoa inferior a eles. Todos sabem que sou autoridade e mesmo assim tentam se sentir superior a mim. Gosto de gente que me trata como devo ser tratado.

— E como devem te tratar? — fiz cara de zoeira.

— Com respeito. E não me desafiar ou tentar se sentir superior a mim. Odeio isso.

— Então se eu não te respeitar, te desafiar e me sentir superior a você, eu morro? — falo, fazendo uma cara duvidosa e desafiadora, só para provoca-lo.

— Não morre. Mas leva uma punição por isso. — ele colocou minhas pernas ao seu redor, se encaixando no meio delas e ficou em cima de mim.

— E qual seria minha punição? — ergo o queixo.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Onde histórias criam vida. Descubra agora