07. Tapa ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Tem alguma coisa de errado acontecendo.

Nesses últimos dias, Victor não veio me procurar e nem nos vimos por aí. Estou começando a achar que decidiu parar de me perturbar ou só está dando um tempo de paz para mim. Nesses últimos dias, não fomos chamados para nenhuma reunião, então também foi um motivo para não nos vermos. Talvez tenha desistido com aquele papo de eu lhe dar uma chance.

Absurdo isso.

Não sei qual foi meu pior erro. Ter confiado nele, ter contado a ele sobre meu pai, ter ficado junto dele ou de ter me apaixonado. Qual desses é pior? Acho que todos. Ter amado aquele homem incondicionalmente, foi o pior erro que cometi na minha vida e depois, arquei sozinha com a dor disso. Mas agora, isso é passado!

Antes que eu me chateasse com coisas do passado, tenho uma ideia de almoçar fora hoje. Preciso sair de casa um pouco e distrair a cabeça. Me levanto do sofá, indo para o meu quarto e começo a escolher uma roupa para sair. Vestida, volto para a sala e pego meu celular, junto da carteira. Saio de casa, fechando a porta e chamo o elevador, que logo chega no meu andar.

Estacionando o carro perto do restaurante, saio de dentro dele e atravesso a rua, indo para o restaurante. Entrando, procuro uma mesa vazia e quando aviso, vou até ela e me sento. Em poucos minutos, uma garçonete vem até mim, me perguntando qual seria meu pedido e eu digo o que quero. Depois, ela vai embora com o pedido em mãos.

Pego meu celular, quando ele começo a apitar e vejo que é Carol. Começo a conversar com ela, enquanto meu prato não vem e ali vou me distraindo. Quando tiro a atenção do celular, vejo que meu prato está vindo e penso quanto tempo se passou. A garçonete coloca meu prato na mesa, junto do suco de laranja e eu a agradeço. Volto a digitar para Carol, avisando que vou comer. Desligo o celular e quando dou uma olhada do restaurante, arregalo os olhos, quando vejo Victor vindo na minha direção, depois de me chamar.

— Bom te ver de novo. — ele diz e eu encaro-o.

— O que faz aqui? Está me seguindo?

— Jamais. Apenas vim almoçar também. E aliás, quer companhia? Estou sozinho. — disse, mas não senti provocação em sua fala.

— Não. — virei a cara e comecei a comer.

— Tudo bem, então. — de relance, vejo ele se virar e vai para o outro lado do restaurante, onde se senta.

Ele... Ele não insistiu pra sentar comigo? Ele não me provocou, pela primeira vez? E aceitou numa boa a minha rejeição para que fosse companhia para almoçar comigo? Isso aconteceu mesmo? Tem alguma coisa de errado nisso...

Volto a comer, tirando a atenção dele e me delicio na comida, por já estar morrendo de fome. Quais são os planos para hoje? Não sei. Não tenho absolutamente nada para fazer e nem ideia de como passar meu tempo livre, tendo a cabeça ocupada. Se eu não estou fazendo nada, começo a pensar no que não deve e isso me faz enlouquecer, a ponto de beber para esquecer.

Ah, nem posso lembrar da merda que eu fiz quando bebi. Não sei se fico envergonhada ou brava comigo mesmo de ter ido pedir um beijo pra ele. Céus. Eu realmente não estava sóbria quando decidi fazer isso. E só por esse motivo, eu não termino de beber aquela garrafa de Vodka. Só por isso.

....

Chego em casa, extremamente cansada, de tanto comer e vou em direção ao sofá, onde me deito. Certo, comi demais. Ligo a televisão, para me distrair e quando percebo, estou entretida em um programa de gincana. E de novo, quando me dou conta, já se passou um bom tempo. A campainha de casa toca e eu ergo a cabeça, olhando em direção a porta e logo uma pessoa vem na minha mente. Eu bufo, me levantando no sofá e vou em direção a porta.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Where stories live. Discover now