65. Grávida ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

Tiro o teste de dentro da caixinha e tudo acaba caindo na pia. Pego o teste e a caixa, para ver como funciona o tipo de teste. Esse era digital, então tinha que ver como mexia, porque a última vez que mexi em um teste de gravidez foi há muito tempo atrás e nem era digital e sim de papel mesmo. Depois de fazer meu xixi, coloquei o teste dentro do copinho e comecei a contar os minutos para o resultado. Eu nem havia conseguido dormir, com essa história na cabeça. Hoje de manhã, fiquei reparando por horas meus seios, para ver se realmente tinham crescido e não vi diferença.

Eu estava louca ou era Victor que estava?

Desde quando ele falou sobre meus seios terem aumentado, comecei a ligar uma coisa na hora. No fundo, não consigo acreditar. Estou passando mal há dias, ando enjoada, segundo meu marido, meus seios aumentaram, meu quadril também, então tudo isso pode me dar apenas uma resposta no momento. Grávida. Mas eu começo a pensar e não lembro de ter transado com Victor sem camisinha. E eu não estava no período fértil no momento. Estou ficando louca. Não sei mais no que pensar. Estou nervosa. Muito nervosa.

Dando o tempo, que pareceu uma eternidade, pego o teste do copinho, temendo o resultado. Estou com medo e nervosa ao mesmo tempo. Sem ter mais tempo para me sentir mais nervosa ainda, viro o teste e vejo o resultado. "Grávida, +3 semanas". Paraliso. Entro em choque. Meu coração dispara. Grávida. Positivo. Fico vendo o resultado, ainda sem acreditar e sinto meu corpo inteiro tremer. Minhas mãos principalmente. Respiro fundo, para não chorar e pisco, mas mesmo assim algumas lágrimas saem. Respiro fundo mais vezes, para controlar o nervosismo, até que uma batida na porta e uma voz, me faz assustar.

— Meu amor? — deixo o teste cair e na mesma hora pego, olhando para a pia, com a caixa do teste em cima. — Está aí? — bate na porta.

— O-oi. — pego a caixa do teste, amassando e jogo no lixo. Pego papel higiênico e jogo em cima, cobrindo. — Já saio, só um minuto. — olho para todos os cantos, sem ter ideia do que fazer com o teste e decido esconder no short.

Suspiro, vendo se o banheiro está normal e me viro para a porta, abrindo ela e tentando controlar o nervosismo e o coração. Vejo ele perto da cama, esperando por mim, até seus olhos se arregalam, quando me olham.

— Você está bem? — veio até mim, me analisando.

— E-estou. Por que? — gaguejo, vendo sua preocupação aumentar.

— Você tá pálida e está tremendo. — ele pegou minhas mãos, que realmente tremiam. — Bárbara, você tá branca. O que aconteceu? Vomitou de novo?

— N-não. Não é nada. — tento me afastar, mas ele não deixa.

— Como nada? — disse, bem mais preocupado, e analisando eu todinha. — Você comeu?

— Comi.

— Mas você está branca.

— Deve ser... — penso em algo. — Sei lá...

— Quer ir ao médico?

— Não! — gritei, fazendo ele ficar confuso. — Amor, eu tô bem...

— Está mesmo? Você não anda bem esses últimos dias e nós dois sabemos muito bem disso. Você vomita e sempre diz que está bem.

— Amor, é sério, eu tô bem. De verdade. Não precisa se preocupar. — com a mão trêmula ainda, passo ela pelo seu rosto, na tentativa de acalma-lo. — Não estava vomitando. Deve ser impressão sua que estou pálida. — tento contrariar.

— Você não estava mesmo passando mal?

— Acordei bem hoje. Você mesmo viu. Não precisa se preocupar mais.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Where stories live. Discover now