34. Explicação ⛓️

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━━ 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐀𝐑𝐀 𝐁𝐈𝐓𝐓𝐄𝐍𝐂𝐎𝐔𝐑𝐓

— O que você disse? — ele me perguntou de novo. Me levantei da poltrona, desesperada já e fui até ele.

— Amor, deixa eu explicar...

— É-é verdade? — ele se afastou, em choque e gaguejando. — E-eu sou pai da Aurora?

— Deixa eu explicar. — choramingo, quase chorando mesmo e ele me olha surpreso ainda, esperando a resposta que quer ouvir.

— É verdade ou não? Eu sou realmente pai da Aurora? — fico quieta. — Você não engravidou de cara nenhum e sim de mim?

— Amor...

— Me responda, Bárbara. — disse rígido. Chorando, eu confirmo, balançando a cabeça. Victor se afasta mais de mim, levando as mãos até a cabeça. — Puta merda... — murmurou, se virando e ficando de costas para mim.

— Amor, por favor, deixa eu expl... — ele se vira, de forma rápida e vejo sua expressão mudar.

— Esse tempo todo, eu estava perto da minha filha e você nem sequer teve a consciência de me contar? — ele perguntou, alterando a voz, me assustando com sua troca de expressão e de humor.

— Eu ia te contar!

— Quando?

— Eu não sei. Mas eu juro que eu ia te contar. — chego perto dele, que se afasta mais de mim.

— Por que caralhos você escondeu todo esse tempo de mim, que eu tinha uma filha? Por que mentiu todo esse tempo pra mim?

— Porque eu tinha medo de você não gostar. — respondi, querendo tocar nele, para ver se ele se acalmasse, mas não fiz.

— Você tem noção do que você fez? — se aproximou, me olhando bravo. Engoli em seco, junto com o choro. — Todo esse tempo que estávamos juntos, você estava me escondendo que eu tinha uma filha! — gritou, me fazendo desesperar mais.

— Eu não fiz por mal, acredita em mim... — toquei seu braço e com um movimento rápido e brusco, ele me afastou.

— Você me escondeu, por todos esses anos, que tínhamos uma filha juntos! — berrou. — Todo esse tempo, todos esses anos, eu tinha uma filha e nem sequer sabia que existia! — sua voz me assustou, me fazendo encolher e esconder o rosto molhado com as mãos. — Quando você foi embora, você levou minha filha junto e se dependesse de você, eu nunca ia sequer conhecê-la.

— Eu não queria o bebê! — gritei. — Eu não queria ter um bebê seu. — apontei para seu peito. — Eu não queria... — deixo a mão cair e volto a limpar as lágrimas.

— Então porque não tirou? — retrucou, de forma bem arrogante.

— Por que não é tão simples assim! — respondi. — Eu estava mal. Eu estava deprimida, acabada, machucada, tudo! E quando descobri a minha gravidez, eu quis morrer! — gritei a última palavra. — Eu queria morrer, por estar carregando um filho seu, do cara que matou meu pai. De um assassino! — prossegui, vendo-o ele prestar atenção no que eu dizia.

— Então tirasse! Tirasse, já que eu nem sabia de nada para te impedir.

— Eu não consegui! Porque eu parava e pensava, que aquele bebê dentro de mim, era indefeso. Aurora era um bebê inocente, que estava dentro de mim e que não tinha culpa pela nossa separação.

— Então porque nunca sequer me contou sobre isso? Eu tinha o direito de saber! Eu era o pai da criança.

— Eu tentei dizer sobre ela! Eu juro que tentei.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐐𝐔𝐄𝐒𝐓Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin