129 - Camp Nou

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𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐒𝐢𝐥𝐯𝐚

A palavra mudança estava no meu top três coisas que eu odeio, eu não tinha muita coisa mas só de imaginar ter que comprar um armário dobrar todas roupas que eu tinha, pensar em móveis para colocar em cada lugar fazia minha cabeça doer e me tirar o sono.

Aquela noite estava sendo péssima para mim, já que eu me remexia de um lado para o outro naquela cama e nunca encontrava uma posição boa, eu me sentia estranha naquele momento.

Talvez por pura consequência da ansiedade para pegar aquelas chaves e chamar aquele apartamento de meu.

Eu não sabia se era eu que estava muito estranha naquela noite e não tinha sono nenhum, ou era o Gavira que estava em um sono pesado demais para não perceber eu me remexendo seu parar na cama que havia em seu quarto.

Foi a primeira vez que eu não dormi "tranquila" e o pior eu não tinha um motivo plausível para esta perdendo meu sono.

Eu reli o contrato com a nova marca pela terceira vez em meu celular, eu vi vídeos no tiktok, arquivei e desarquivei inúmeras fotos em meu Instagram, eu passei tanto tempo ali no celular que até ele me abandonou naquela madrugada quando mostrou 1%.

Suspiro frustrada com aquela situação ao acender a luz do abajur e ver Gavira suspirar em novamente seu sono pesado.

- Por que você dorme e eu não? - Pergunto como se ele pudesse me ouvir e fosse acordar e imediato me respondendo.

Um verdadeiro tédio a programação da tv espanhola, não que a do Brasil fosse grande coisas mas, nem mesmo a Netflix me tirou aquele tédio.

- Por que eu tô assim? - Pergunto a mim mesma, eu nunca senti aquilo era uma sensação totalmente estranha e nova, eu poderia afirmar com muita convicção que eu nunca passei por aquilo.

A barra da blusa do Barcelona que eu usava subiu, eu estava amando usar as blusas de Gavi como o pijama mas esse não era o foco, quando a blusa subiu eu pude olhar minha barriga, não era uma pessoa que me via como uma top model super magra, mas pela primeira vez eu vi um volume ali, e não era comum aquilo.

Eu estava vivendo em uma constante paranóia após Carlos me contar que a forma que eu tomei o anticoncepcional estava totalmente errada, mas quando a paranóia via eu fechava os olhos suspirava e me garantia que era somente paranóia.

- Não é. - Falo passando a mão no volume que havia em minha barriga, foi inevitável não pensar naquilo, porém mais uma vez eu fechei os olhos e me passei "segurança".

Volto a cobrir minha barriga saliente e suspiro me ajeitando novamente na cama e fechando meus olhos.

- Será possível? - Essa pergunta veio da minha mente fazendo eu abrir o olho rapidamente, eu questão de segundos eu já estava com meu celular na mão que ainda estava carregando, mas era questão de vida ou morte, e minha paranóia estava dizendo aquilo.

Ao abrir o Google eu refaço a pergunta que fiz vários dias naquela semana " Barriga dura é gravidez? " Tinha virado uma mania de qualquer coisa que eu sentisse pesquisar se era gravidez, aquilo tinha virado minha vida naquele momento.

Mas o Google não me ajudava de nada, ele disse que até poderia ser gases o que me deixa mais "aliviada" um filho não estava em meus planos e nem nos do Gavi, seria muita responsabilidade a dois "irresponsável".

Novamente fecho a tela do meu celular, ajeito meu travesseiro, deito e fecho os olhos.

Dois suspiro tentando acalmar para dormir, porém tudo se vai por água a baixo quando sinto meu estômago embrulhar e em uma atitude rápida eu pulo da cama já correndo até o banheiro, mas quando eu cheguei lá todo meu jantar foi parar na privada.

𝐄𝐋 𝐉𝐔𝐆𝐀𝐃𝐎𝐑  - ᴘᴀʙʟᴏ ɢᴀᴠɪ Onde as histórias ganham vida. Descobre agora