Capítulo 1 - Estrelinha, Eu Não Queria Ser Você

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Bora de historinha nova? Só pra matar o tempo enquanto não tenho inspiração pro livro dos gêmeos.

Ps: essa história meio que já estava pronta há um tempo, eu só ajustei umas coisas pra postar.

Aviso de cenas pesadas de abuso e estupro, pule o capítulo inteiro se for sensível.

- Ajoelhe-se - Ouço a voz dela firme e crua.

Sem pensar duas vezes a obedeço, pois eu conheço muito bem como as coisas terminam quando eu não a obedeço fielmente, quando não dou o que ela quer, quando não sou o seu cão.

No início era bem difícil e eu fui castigado várias vezes de formas criativamente cruéis. Mas com o tempo, meu próprio corpo e mente passou a se submeter e deixar se subjugar. Ela é a minha mestra e isso é tudo que eu preciso entender e aceitar.

Se eu aceitar isso, não sofrerei tanto.

Há uma coleira em meu pescoço que me prende à parede e eu já estou no limite de distância que a corrente me permite chegar. Ou seja, me sinto meio sufocado pela pressão que ela está fazendo, mas não o suficiente para desmaiar, porque ela sabe, ela conhece muito bem meus limites.

- Muito bem... - Ela acaricia meu cabelo, suas unhas longas e bem feitas roçando em meu couro cabeludo.

Seu toque é leve inicialmente, sempre é assim... No começo.

Mas não estou feliz, porque sei o que vem depois.

No mesmo instante que me preparo para o que vai vir seu toque se torna cruel, hostil e doloroso. Suas unhas se enroscam em meu couro cabeludo, puxando com tanta força que quase não consigo esconder a careta de dor.

Mas consigo. Consigo porque sei que ela gosta que eu me mantenha inexpressivo enquanto ela me tortura.

- Beije-me! - Diz ela inclinando minha cabeça para cima em sua direção, enquanto ela se abaixa e aproxima seu rosto do meu.

Sinto seu cheiro de perfume fino e caro, um aroma amadeirado que me lembra luxo, poder e ela... Me lembra exatamente dela.

Seus cabelos de um loiro intenso e profundo estão caindo em cascatas sobre seus ombros, quase cobrindo seus olhos... seus olhos de um verde brilhante, frio e cruel. Sua boca perfeitamente esculpida e combinada com todos os traços finos de seu rosto está voltada para cima em um sorriso sedutor mas perverso.

Ela me deu uma ordem e eu devo executá-la com perfeição.

Eu separo meus lábios e me inclino para sua direção, me preparando para beijá-la, a coleira em meu pescoço me deixando cada vez mais sem ar. Posso sentir as veias do meu pescoço sobressaltadas e o meu rosto esquentar pelo esforço e sangue preso no local sem circular.

O fato de eu me inclinar para cumprir sua ordem não alivia seu aperto em meu couro cabeludo que já está formigando e quanto mais me aproximo de seus lábios, mais a sensação de vômito cresce dentro de mim, além de intensificado a pressão da coleira em meu pescoço.

Vai ficar marca... Com certeza.

Eu alcanço seus lábios fazendo um esforço incalculável e quando nossos lábios se tocam, tento fazer exatamente como ela me ensinou, esmago meus lábios brutalmente em seus lábios finos, tentando abrir passagem e por fim quando ela cede a passagem, enfio minha língua em sua boca.

Ela me diz sempre para ser invasivo, para beijá-la como se estivesse forçando-a a ser minha, como se estivesse reivindicando sua alma louco de desejo.

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