Desejo Sombrio

Capítulo 18 - V de Vingança? Não, é de Vai se F...

Ela deixaria eu beijá-la agora?

O desejo sombrio começa a tomar cada parte do meu corpo de forma que me sinto dormente.

Oh porra!

Péssima hora para essa merda ativar! Que caralho! Eu só olhei pros lábios dela! Só isso!

Não é só isso.

Talvez não seja... Talvez seja o fato de que olhei para os seus lábios enquanto Jina me olhava de forma submissa. Eu olhei pros seus lábios e lembrei que estamos sozinhos em seu quarto com uma cama em baixo de nós.

Eu olhei seus lábios e pensei que poderia ter mais facilidade em me colocar por cima dela e a prender de baixo de mim enquanto cheiro seu pescoço e esses mesmos lábios que observei e desejei com todo meu âmago se separariam liberando passagem para um gemido necessitado.

Pensei que se ela quisesse resistir eu poderia facilmente amarrar suas mãos na cabeceira da cama e ela estaria tão indefesa... E isso a deixaria ainda mais excitada.

Porque eu sei, o monstro dentro de mim identificou o monstro dentro de Jina e eu sei que ela gosta de ser subjugada tanto quanto eu gosto de subjugar.

Uma coisa vai levando à outra e é por esse motivo que essa porra desperta como uma erupção, me consumindo e me devorando.

Não é só a aparência de Jina que me provoca ou qualquer coisa que ela faça... É simplesmente o fato das coisas que eu quero conseguir dela, o que eu quero fazer com ela e o quanto eu quero fazer...

Caralho!

Isso não chega nem aos pés do meu descontrole por raiva! Esse desejo é ainda mais difícil de lidar e ameaça tomar minha consciência.

Heitor, você não pode...

Eu tento travar uma luta para manter a consciência mas quando eu noto que tem algo errado...

Sinto minha pupila dilatar, sinto minha respiração prender na garganta, um calor queimar cada veia do meu corpo mas o pior... É a fome... eu sinto uma fome crescer dentro da minha alma, me rasgando no meio e é tão intenso que dói.

Jina...

Não...

Eu preciso da Jina.

Para!

Eu preciso tocá-la...

Sem controle estou cada vez mais próximo de Jina. Minhas mãos apertando seu ombro para que ela não tenha para onde fugir, deslizam até sua nuca onde entranho meus dedos em seu couro cabeludo a fim de manter sua cabeça imóvel.

Eu sei que se eu a segurar dessa forma ela não vai poder se mover ou sentirá dor.

Porra! Porra! Porra!

Estou ficando louco, estou perdendo totalmente a cabeça!

Agora estou tão próximo que podemos sentir nossas respirações no rosto um do outro. Se Jina quiser se afastar agora eu não vou permi...

...

E é então que o fio de controle que ainda me mantinha são foi pra puta que pariu quando percebo que Jina não se afastou.

PORRA ELA NEM SE MOVEU!

Estava tão concentrado em mim mesmo que não notei Jina...

Ela está exatamente da mesma forma que estava quando coloquei as mãos em seu rosto: parada me olhando. Seu rosto está ilegível.