Capítulo 4 - A Curiosidade Matou O Gato

6.9K 599 172
                                    

Último capítulo do dia! Lencei 4 de uma vez pra comemorar o lançamento do livro, não fiquem mal acostumada, heim!

Adoro vcs!

Capítulo com cenas de abuso! Se for sensível, não leia.


Jina


Meu rosto arde com o forte tapa que recebo da mulher que deveria me amar e cuidar de mim.

- Sua porca obesa! - Grita no meu rosto, sua saliva respingando em mim. - Já te falei que não quero chegar em casa e ver louça nessa porra de pia.

- Desculpe, mãe... - Eu queria me justificar, dizer que não lavei porque estava concluindo o dever de casa e ela chegou mais cedo que o habitual. Mas não vai adiantar, isso só vai deixa-lá mais irritada e agressiva... Isso pode fazer as coisas ficarem bem feias e eu vou acabar com muito mais que um rosto ardendo e vermelho.

Por isso prefiro manter a aparência de boa filha recatada e doce.

- Some da minha frente imunda! - Ela diz e eu não a espero repetir, disparo para meu quarto e fecho a cortina.

Sim, não há porta no meu quarto, apenas uma cortina que é o que impede de que ela me veja toda vez que passa no corredor, já que para ir pro quarto dela, ela precisa passar na frente do meu.

Não somos uma família com muito dinheiro.

Na verdade não somos nem uma família.

Minha história quase parece a da Cinderela e eu me sinto mesmo a gata burralheira, só que não sou bonita e a madrasta é minha mãe... Que derrota.

Ah, também não sou tão encantada, doce, amável e querida como a Cinderela.

Estou mais pra covarde, mal amada... Talvez meio emo? Não sei...

Acho que não sirvo pra me comparar com nenhuma princesa mesmo.

Encaro meu reflexo no espelho quebrado.

Vejo a garota de olhos e cabelos escuros, pele branca e pálida e rosto rechonchudo com características asiáticas devido minhas origens coreana, me encarando de volta com uma baita marca de mão vermelha na cara.

Suspiro tristemente e ajeito minha franjinha para não ficar no meu olho.

Será que toda mãe é assim? Se for... Eu preferia não ter mãe.

- Vê se faz algo que preste e leva a porra do lixo pra fora, Orca! - Ela grita do quarto dela. - E você não vai jantar hoje, precisa emagrecer. - Acrescenta.

Já faz alguns dias que ela resolveu se incomodar com meu excesso de peso e as vezes tem me deixado sem jantar.

Eu não tenho culpa de estar assim, ela sumia de casa por dias e eu vivia comendo besteira, pois não sabia cozinhar, era muito nova e agora com meus 16 anos, realmente estou bem acima do peso.

Sem enrolar, com medo de levar mais um tapa ou coisa pior, me dirijo à cozinha e recolho o lixo, posteriormente faço o mesmo com o do banheiro e depois vou para a rua procurar a caçamba de lixo mais próxima.

Ando menos de 5 minutos até encontrar o local onde posso depositar o lixo e o arremesso dentro da caçamba quando o encontro.

Comemoro mentalmente como se tivesse marcado um ponto ao acertar o lixo na caçamba.

Estou preparada para retornar pra casa, quando ouço um gatinho miando próximo à mim.

- Oi amiguinho! - Digo indo em direção ao mesmo.

Desejo Sombrio Where stories live. Discover now