Capítulo 37 - Um Grande Castigo é melhor que um Pequeno Aviso

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Somente a menção de Jina foder algum outro cara, na minha frente, me faz ver vermelho.

Tudo. Fica. Fodidamente. Vermelho.

Eu preciso dar o meu melhor para não machucá-la sem querer.

Até porque se você machucá-la, provavelmente ela irá gostar.

Porra... Provavelmente, de fato.

Tenho observado Jina - ainda mais do que sempre observei - e sexualmente falando estou quase certo de que ela é masoquista. Ou até, talvez, não apenas sexualmente, visto que ela acabou se apaixonando por mim.

Ignoro a sensação do meu coração acelerando com a menção dela retribuir meus sentimentos. Ainda não consigo conter a intensidade que me afoga quando penso que o que eu tanto quis durante todo esse fodido tempo aconteceu.

Na verdade, eu nunca quis tanto algo quanto eu quero Jina. Ao ponto de que a palavra querer é um fodido eufemismo... Eu preciso dela como preciso do ar que eu respiro, estou tão obcecado por ela que me sinto exausto de lutar para estar sempre no controle dos meus desejos sombrios.

Eu achei que desejava a minha liberdade... Eu achei que desejava a morte quando não consegui a liberdade, eu achei que desejava matar quando não consegui a morte, mas quando comecei a desejar Jina... Nada, absoluta e completamente nada, aplacou essa porra de desejo sombrio que só cresce cada dia mais, derrubando o resto da minha sanidade e me deixando cada vez mais louco.

Louco por Jina...

Mas Jina é minha. Ela não está comigo porque eu a forcei, ela se entregou voluntariamente para a degradação completa... Talvez eu tenha conseguido algo com meu esforço de persistência e atuação, talvez eu até tenha a manipulado um pouco, mas ela sabia de cada coisa, eu nunca a enganei e mesmo assim... A escuridão em mim chamou por ela e a escuridão dela por mim.

Digo isso a mim mesmo várias vezes até que meu maldito coração sujo se acalme e pare de bater como se fosse explodir minha caixa torácica. 

É fodidamente exaustivo ser tão apaixonado por alguém.

Isso é porque não estou só apaixonado... Claramente não.

Jina é minha... Ela é minha agora... Só minha... Ninguem vai tirá-la de mim. Só minha pra sempre.  - Meu cérebro de lagarto sombrio repete isso como uma música e me faz ter certeza de que estou doente da cabeça.

Ela é minha...

Justamente por ela ser minha que preciso que ela entenda o que significa me pertencer.

Decidido a ceder para a minha besta interior, para a escuridão e o desejo, me levanto liberando seu corpo não tão volumoso quanto costumava ser e vou até minha mala de trabalho que sempre anda comigo e retiro de lá uma algema. A mesma que geralmente uso para prender os malditos que me desafiam. Não tive tempo de passar em um sexy shop e comprar algo mais agradável, então essa terá de servir.

E vale lembrar que se machucar essa safada vai gostar.

Jina, Jina... Você desperta o pior em mim.

Quando me aproximo mais da cama, eu espero que Jina fique quieta me esperando algemá-la então não tento esconder o que está nas minhas mãos.

Mas quando que a essa ratinha dissimulada faz exatamente o que eu acho que ela fará?

Porra, nunca!

Então ela arregala os olhos assim que vê as algemas e um sorriso lentamente doentio se espalha por seu rosto e antes que eu consiga entender ela pula da cama e começa a correr em direção a saída como um fodido rato.

Desejo Sombrio Where stories live. Discover now