Livro #1 da Série Old Money by P. S. Gardem
Talvez Frederick deveria ter lhe contado que não era apenas um inglês idoso e sim o Duque de Norfolk.
Talvez ele devesse ter contado que tinha um castelo.
Talvez devesse ter avisado Sylvie seria sua primei...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
"Não vou vou mais encher sua cabeça com essa história tão triste. Afinal, o passado está no passado."
Carta de Frederick
Esse não era meu plano.
Eu ia chegar, deixar as cartas e voltar para o castelo, me trancar no meu escritório e começar a revisar meus planos para Millegan Park.
E, se a sorte realmente estivesse do meu lado, eu não veria nem a sombra de David.
Mais ao invés disso, eu estava sentada na belíssima sala de estar de Arundel Manor com a mãe de David, a minha frente, David sentado do outro lado dela e uma bandeja de chá na mesa de centro.
A sala de visitas tinha dois candelabros altos e sofás da cor pastel, com fios dourados. Diferente de Millegan Park, Arundel Manor tinha detalhes típicos das casas que eram abertas à visitação, com placas de avisos e cordas de contenção de veludo vermelho, perto dos móveis e quadros mais antigos.
— A casa é aberta à visitação apenas no verão. — David disse, percebendo meu olhar pairar ao redor. — Jack tem administrado a mansão como um ponto turístico a alguns anos, agora.
— Jack é um bom garoto.
— Jack tem 31 anos mãe. — David lembra, aceitando a xícara que ela ofereceu a ele. — Dificilmente ele vai gostar de ser chamado de garoto.
— Eu sou velha. Para mim, ele é um garoto. — ela respondeu, sem levantar os olhos. — E ele é mais doce do que você.
David apenas revira os olhos e não responde nada. Mas, vejo o divertimento repuxar um leve sorriso em seu rosto.
— Quanto de açúcar você gosta, querida? — ela perguntou, chamando minha atenção, enquanto colocava o líquido quente do chá em uma xícara de porcelana.
— Duas colheres.
Chá em uma tarde quente de sexta-feira, era tudo o que eu menos queria. Mas, longe de mim recusar, principalmente quando ela falava tão docemente.
Tentei esquecer a presença de David ali, sentando em uma poltrona de espaldar alto, suas botas de borracha ficaram na porta da frente. Ele ainda me encarava abertamente, sem se preocupar com a sua mãe e sem expressar nenhuma dica do que ele estava pensando sobre eu estar ali, na sua casa, sem avisar.
Agora que eu estava em sua frente eu tinha dúvidas sobre o meu plano. Será que realmente era uma boa ideia mostrar aquelas cartas para David?
Talvez eu deveria parar de me meter na vida dos outros, certo?
Certo! Não vou mostrar nada a ele.
— Eu estava ansiosa para conhecê-la Sylvie. — Agatha disse, me tirando dos meus pensamentos e entregando uma xícara em minha mão.
