Livro #1 da Série Old Money by P. S. Gardem
Talvez Frederick deveria ter lhe contado que não era apenas um inglês idoso e sim o Duque de Norfolk.
Talvez ele devesse ter contado que tinha um castelo.
Talvez devesse ter avisado Sylvie seria sua primei...
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"Toda a verdade pode ser surpreendente e... dolorosa"
Carta de Freddie
Respirei fundo e apenas decidi sair do quarto e descer o mais rápido possível. Eu sabia que em algum momento eu iria vê-lo de novo, mesmo que fosse a última coisa que eu queria fazer.
Ele devia ter usado uma capa de chuva, por que suas roupas estavam secas, mas a gola da sua camisa e seu cabelo estavam encharcados.
— O que você está fazendo aqui? — eu pergunto, parando no último degrau da escada, cruzando os braços para me proteger dele.
— Eu precisava falar com você.
— No meio da noite? Enquanto um temporal está caindo lá fora? Além do mais, não temos nada para conversar.
Ele respira fundo e posso ver que ele está tentando manter a calma. Bem, não espere que eu faça esse confronto ser fácil para ele.
— Eu entendo como toda essa situação deve parecer para você. Você deve olhar para mim como o vilão e tudo bem, tento me colocar no seu lugar. Tento olhar a situação pelos seus olhos e entendo que você se sinta traída e sim, eu errei em não contar sobre o documento de contestação. Mas, Yvie, eu nunca enviei e nunca quis enviar. Desde o início eu te disse que a decisão sobre o espólio do meu avô pertencia apenas a ele e não a mim. Eu não planejei me apaixonar por você, mas aconteceu. Eu fiz tudo Sylvie para que você confiasse em mim. Eu respeitei o seu tempo, eu ouvi todas as vezes em que você era hostil comigo sem razão eu aceitei tudo isso, porque você era mais importante. Eu fui paciente, tanto quanto pude ser. Você não pode achar que eu realmente faria tudo isso para trair você.
— Na verdade, é exatamente isso que eu acho. — eu respondo, minha voz soando tão fria, quanto eu quero. — Porque você não faria? Millegan Park pode estar fechada agora, mas esse lugar tem potencial e você sabe disso. Porque não perseguir aquilo que é seu por direito?
— Pelo amor de Deus! — ele gruni. — Eu não quero esse estúpido castelo!
— Não me importa mais David. Você acha que eu estou sendo inconsequente. Bem, que seja. Mas não espere que eu não lute pelo que me pertence.
— Yvie, eu... eu realmente amo você. — ele diz, derrotado.
— Isso também não importa.
Ele se aproxima e eu fico parada no mesmo lugar, de braços cruzados. Seu perfume me envolve e, caramba, como eu senti falta do seu cheiro. Ter ele tão perto de mim, me deixa mais impactada do que eu gostaria de admitir.
Ele levanta os braços, como se quisesse me abraçar e então ele hesita e apenas descansa suas mãos no meu pescoço. Suas mãos estão geladas, mas seu toque é delicado. Ele aproxima seu rosto do meu e descansa sua testa na minha.
