Capítulo 25

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"Apenas

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"Apenas... vida. Não há mais nada que eu possa dizer, além disso."
Carta de Frederick

ATENÇÃO!!
Cenas +16 neste capítulo. Leia com cautela, se o tema é sensível para você.


Precisei de dois segundos para desanuviar minha cabeça do desejo e perceber que havia alguém batendo na janela do motorista, com uma lanterna na mão. Comecei a arrumar as minhas roupas e percebi que meu casaco estava aberto e a alça do meu vestido estava caída no meu ombro.

David se virou, me cobrindo enquanto eu me tornava apresentável, sem perceber que sua própria camisa estava aberta, mostrando metade do seu peito e seu cabelo era uma bagunça desnortada. Meu Deus, eu tinha feito isso?

O homem que estava na janela, estava usando uma capa de chuva preta e um cachorro grande preto estava parado ao seu lado.

Alguns passos a frente podíamos ver seu carro estacionado e uma mulher saiu de dentro. Provavelmente sua esposa.

— Vocês precisam de ajuda? - ele perguntou, em um sotaque inglês carregado.

Eu fiquei contraida no assento, pedindo a Deus que eu apenas sumisse da face da terra.

O que eu sou sou? Uma adolescente cheia de hormônios? Nem quando eu era uma adolescente cheia de hormônios eu havia feito algo assim.

A chuva havia diminuído consideravelmente, não que nós pudessemos perceber já que estavamos ocupados com outras... coisas.

O homem que havia batido na janela gentilmente ajudou David a trocar o pneu, emprestando o material do seu carro para isso, enquanto eu esperei na beira da estrada.

A mulher parou ao meu lado e olhou para mim, dos pés a cabeça, como se pudesse saber exatamente o que estávamos fazendo.

Nós agradecemos e entramos dentro do carro de novo. Ficamos em silêncio, cada um perdido em seus próprios pensamentos.

— Acho que agora realmente posso morrer de vergonha. — eu disse, quebrando o silêncio do carro.

David riu e respondeu:

— Eu não acho que eles viram algo.

— Claro... - respondo, sarcasticamente. - ...e o meu batom na sua bocheca não é pista para nada.

Ele apenas deu de ombros, sem limpar a bochecha.

— Isso é culpa sua. — eu digo, cruzando os braços.

— E você gostou muito. — ele diz, puxando a faixa do meu casaco, que estava muito bem amarrado e fechado agora.

Não respondi nada. Minha raiva estava aumentando e ele estava completamente certo.

Millegan Park (Old Money #1)DISPONÍVEL ATÉ 03/04Where stories live. Discover now