Capítulo 28

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A Grã-Senhora da Corte Noturna me mostrou Velaris, andamos por quase uma hora antes de pararmos em um restaurante bem bonito e rústico ao lado do rio. Eu era três anos mais velha que ela, meu vigésimo sexto aniversário estava se aproximando, e pelas minhas contas Feyre tinha vinte e dois anos. E agora é mãe, esposa e Grã-Senhora de uma das cortes de Phythian. 

Esposa de Rhysand, eu não poderia esquecer isso.

Conversamos mais um pouco sobre como as coisas estavam na Primaveril, e apesar da vontade imensa de dar uma alfinetada nela sobre porquê ela queria saber sobre a Primaveril já que não teve misericórdia do povo antes de destruí-la, eu consegui segurar a língua.

Depois do almoço ela deve ter percebido que eu estava começando a ficar entediada já que eu não fiz questão de esconder muito. Felizmente, ela deu por encerrado nosso encontro e marcou um outro para daqui a duas semanas, prometendo ter alguma resposta quanto ao que fariam a Keir. 

Feyre nós atravessou para a Primaveril, do lado de fora da mansão, bem no momento em que Lucien estava saindo. Ele não parecia muito animado, ao contrário de Feyre que lhe deu um sorriso afetuoso. Me despedi dela e deixei os dois a sós, fui direto para o meu quarto onde tomei um banho e troquei de roupa, Tamlin entrou no quarto logo depois que terminei de vestir a saia longa.

- Como foi?

- Não tive problemas, acabei indo conhecer Velaris depois, e conheci o famoso Nyx. Pelo visto tem um pequeno Rhysand em fase de crescimento. 

- Imaginei. - murmurou apenas.

Imagino que ele tenha surtado quando soube da gravidez de Feyre na época, mas decidi não falar nada. Não levaria a lugar algum e já estava no passado. 

- Você tem algum compromisso agora?

Perguntei indo até ele e parando à sua frente, seus olhos verdes acompanhando cada movimento meu.

- Nenhum. 

- Que bom.

Sorri e lhe dei um beijo, mas logo me afastei ainda sorrindo. Suas mãos me puxaram para perto, sua boca beijou meu pescoço, seus dentes roçaram a pele ameaçando morder. Meus dedos dos pés se dobraram diante da ideia de seus dentes cravados em minha carne. 

- Se quiser cravar os dentes fique a vontade. 

Falei esfregando meus quadris contra os deles sentindo o quanto ele me queria.

- Eu vou. - respondeu ao pé do meu ouvido me excitando ainda mais, sua mão foi até um de meus seios e apertou o bico com o piercing, gemi cravando as unhas em seus ombros.

Não esperei mais nenhum segundo ao puxar seu rosto contra o meu e beija-lo com força, meus dedos entre os fios de seus cabelos. 

Beijá-lo era algo que eu gostava muito, havia algo nesse ato que me deixava desnorteada. Seja pelo jeito que ele me puxava contra o próprio corpo, apertando, esfregando, mordendo, sugando... Eu só não queria parar, e não parei.

••• 

Nas duas semanas que se seguiram, aconteceu muita coisa. Escrevi uma carta enorme a minha tia contando os últimos acontecimentos e pedi que ela me escrevesse de volta para que me deixasse ciente dos planos dela para Keir e o que ele desejava que fosse feito, e também o que faríamos em relação ao Koschei, seria mais do que necessário a ajuda das bruxas para sela-lo para sempre, sem chance de sair.

A Corte Primaveril também estava a todo vapor, a construção da estrada que ligava a aldeia principal às outras já havia começado, o comércio estava uma loucura, mas todos pareciam animados com qualquer que fosse a mudança que estava surgindo. E além de tudo isso, nas próximas semanas um novo centro de treinamento será construído, as fêmeas poderiam treinar se assim desejassem.

Corte de Flores e Vingança ● ACOTARWhere stories live. Discover now