Secrets And Masks | Dramione

Mustang e taças de vinho.

29 de junho

Para a surpresa de Hermione, as negociações com a Ordem não terminaram completamente depois daquele primeiro encontro. Em vez disso, após um silêncio de dois dias, Medusa recebeu um convite para um segundo encontro e, após outra discussão – ainda mais tensa – no aeroporto de East Midlands, um acordo foi alcançado.

A chave para o plano era Malfoy, e embora as buscas nas memórias de Hermione tivessem provado que sua traição era genuína, a Ordem queria algo mais definitivo antes de confiar nele completamente. Kingsley deixou claro – em uma mensagem transmitida por Ginny – que não haveria perdão para Theo, Blaise ou mesmo Astoria – até que Malfoy provasse sua lealdade.

E como exatamente Kingsley queria que ele provasse a si mesmo?

Dando à Ordem uma porra de Horcrux.

O problema era que desde que o Diadema foi destruído, Voldemort aumentou a segurança em torno das Horcruxes restantes.

Apenas Bellatrix e Voldemort sabiam onde Nagini estava sendo mantida, e a oitava Horcrux que ele criou – um medalhão de ouro – era movido a cada poucas semanas e seu cuidado confiado a um Comensal da Morte diferente em ordem aleatória. Seria muito complicado colocar as mãos no medalhão. Levá-lo à Ordem sem dúvida revelaria sua traição, então eles precisavam cuidar de seu exército primeiro.

A morte de Voldemort não poderia acontecer da noite para o dia, ambos os lados pareciam estar de acordo nisso, pelo menos. Então, para garantir que não cometeriam nenhum erro, foi decidido que iriam devagar. Mortalmente lento, por assim dizer.

Pelos próximos doze meses, os Comensais da Morte reduziriam o exército de Voldemort por dentro – continuando a vazar segredos e incriminar membros específicos do círculo interno – e enquanto Voldemort estava distraído executando os traidores, Malfoy daria o medalhão à Ordem e descobriria onde Nagini estava sendo mantida.

Depois que os termos foram alcançados, Theo, Blaise e Astoria pareciam muito esperançosos. Eles abriram uma garrafa de champanhe e brindaram ao sucesso. Astoria até começou a planejar uma festa da vitória para quando Voldemort finalmente estivesse morto e enterrado, mas, como Hermione, Malfoy ficou quieto a noite toda.

E Hermione se perguntou, enquanto o observava do outro lado da sala de estar e bebericava seu champanhe comemorativo, se ele estava pensando na mesma coisa que ela.

Kingsley escolheu suas palavras muito, muito especificamente. Se Voldemort fosse derrotado, ele concordaria em perdoar a "família Malfoy" por todo e qualquer crime de guerra que eles tivessem cometido ou testemunhado.

Mas ele nunca disse que o perdão se estendia ao próprio Malfoy.

~*~

3 de julho

— Bem, de todos os lugares que pensei que encontraria você esta noite, enfiada dentro do quarto de Astoria e Blaise não estava no topo da minha lista.

— Muito ansiosa para ficar parada, — Hermione murmurou sem se virar. — Pensei em trabalhar no mural dela.

Malfoy zombou baixinho na porta. — Mmm, eu posso ver isso. E você pensou que canalizaria essa energia nervosa pintando... o que isso deveria ser? Um guarda-chuva do avesso?

— É o contorno de uma flor.

— Essa é uma flor de aparência muito estranha, Granger.

— É um Squill, Malfoy, — ela repreendeu, seu tom sarcástico combinando perfeitamente com o dele. — Essa é a forma que eles tomam quando florescem.

— Parece torto para mim.

— É porque ainda não acabou!

— Você parece uma bagunça. Esse vestido não era branco esta manhã? — ele continuou, olhando para o vestido coberto de tinta que ela estava usando. — Como você conseguiu colocar mais tinta nas roupas do que na parede? Tem até no nariz.