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31 de março 

Ooooooooooh, Crouchy querido, apenas enfie uma faca sob minhas costelas, para mim!

Houve um movimento à sua esquerda, uma agitação nas sombras do porão mal iluminado em que ele estava sendo mantido.

Tenho sido um péssimo menino mau, Crouchy, então se apresse e me estripe esta noite!

Theo não se preocupou em olhar em volta, não teria adiantado muito. Ele não podia ver, e não era como se ele pudesse fugir do que quer que fosse de qualquer maneira.

Cordas bastardas.

Cordas bastardas e cadeira bastarda.

Cordas bastardas amarrando-o à cadeira bastarda.

Poderia ser pior, ele supôs. Pelo menos Crouch não lançou um feitiço silenciador sobre ele. Ou o amordaçou. Se ele não sabia cantar, de que outra forma ele poderia se divertir neste buraco de merda?

bebê Crouch, uma faca de sete polegadas serviria, ou seis, vou esperar por você, cara, então se apresse e me estripe esta noite!

O som de metal esfregando encheu o pequeno espaço. Duas facas, ou talvez facões – se tivesse sorte – raspavam uma na outra, cada uma sendo usada como ferramenta para afiar a outra.

Ooooooh, o Lord das Trevas vai ficar chateado, mas pense em toda a diversão que você teria se os Dementadores me dessem o beijo!

Barty Crouch Jr saiu das sombras e caminhou lentamente em direção a Theo, uma faca afiada e brilhante em cada uma de suas mãos. Ele parou quando estava parado na frente de Theo e sorriu para ele.

E tudo o que Theo conseguia pensar enquanto observava Crouch girar as facas em sua mão como se fossem bastões ensangüentados, era que ele esperava que Deus ou Merlin ou qualquer divindade inventada estivesse nas nuvens – que ele nunca, nunca, nunca, jamais, tivesse parecido tão estúpido quando torturava alguém.

— Agora, — Jr disse lentamente.

Espere, ele estava alterando a voz? Theo tinha certeza de que a voz de Crouch geralmente não era tão profunda e estridente.

— Vamos começar, certo?

Theo caiu na gargalhada. Ele não tentou se conter. Seu corpo queria se curvar para a frente enquanto gargalhadas altas borbulhavam em seu peito e garganta, mas as cordas ao redor de seu torso o impediam de se mover muito.

— Eu... eu sinto muito... — ele conseguiu brincar entre acessos de riso. — Eu tentei segurar... eu realmente tentei... mas cara... cara! Você tem alguma ideia de como você parece ridículo agora?! Oh meu... — Suas bochechas começaram a doer, ele mal conseguia respirar de tanto rir, mas apenas quando ele começou a se acalmar, um olhar para o rosto de Crouch o desencadeou novamente. — O que... aconteceu com a sua voz? Você... fumou um maço inteiro de cigarros antes...

— É o suficiente! — Crouch berrou. — Já ouvi o suficiente disso! Seu patético...

Sim, ele definitivamente estava alterando a voz.

— ...verme insignificante...

Quem ainda falava assim?

— ...suíno de um homem...

O cara parecia estar lendo um roteiro ruim.

— Você se considera um Comensal da Morte?! Você não é digno nem de lamber as botas do meu mestre!

Um roteiro horrível pra caralho.

— ...verme! Cortaria você como um peixe! Estrangularia...

Até o pornô tinha diálogos melhores que o Crouch. 

Secrets And Masks | DramioneWhere stories live. Discover now