Capítulo 21

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Versalhes

Desci pro andar de baixo quando a fome bateu depois de tomar meu banho escutando o movimento pela casa, mandei buscar minha mãe junto com a Isabelle pra passar o dia com a Manu já que Any saiu o dia todo pra tratar dela mesma.

Isabelle: – Se você abrir a porta a titia vai te bater. – escuto ela ameaçar a Manu que vira seu rosto ainda encostada na porta que dá acesso a área externa da casa, olhando pra ela com a mão na maçaneta empurrando pra abrir. Eu olho a cara da Manu pensando se deve ouvir a tia dela por alguns segundos ou se continua fazendo o que ela quer.

Débora: – Sai daí Manu, olha avó pegando o chinelo pra você. – Ela fala tirando o chinelo do pé e a Manu sai correndo gritando e eu olho pra Isabelle que tá rindo querendo assustar ela quando passa na sua direção que berra e colide assim que olha pra mim pedindo colo.

– Qual foi de vocês, fazendo a menina chorar. – Suspiro com ela no colo escondendo o rosto no meu pescoço abrindo a geladeira olhando o que tem por lá pedindo pra ela calar.

Isabelle: – Eu nada. – Olho pra ela que passa por mim preparando a mesa querendo rir. – Tá, mas ela tava querendo ir pra fora sendo que não pode.

Débora: Tá mimada demais essa menina, vai passar um mês com a avó pra ver se não fica na linha.

– Tá reclamando muito, tu não disse que queria ver ela.

Débora: Vou continuar vendo minha neta mermo assim, vocês que tem de parar de encher a menina de mimos, depois cresce assim, com comportamento negativo. – Virou seu corpo secando as mãos. – Já acabou de colocar a mesa Isabelle?

Isabelle: – Tá pronta já.

Manu: – Papai eu quero... – choramingou e eu olhei pra ela, que parou de choramingar só com meu olhar se encostando novamente segurando minha corrente. Tô só escutando minha mãe, não vou contrariar ela pra gente não sair brigando.

Em parte ela tem razão mas pra mim cada um dá a educação que acha certo no seu filho, Não sou de gritar com Manu, agora que ela tá crescendo tudo é motivo pra fazer birra, quando ela tem sono fica mimada e chata pra caralho,tá na fase dela, eu não reclamo se pá fui eu que fiz ela ficar assim junto com a mãe, cheia de mimo mas vai ser assim, no tempo certo ela vai saber se comportar conforme a idade dela, Dona Débora vai ter que aceitar que minha princesa vai ser sempre mimada pelo Papai e recebendo todo amor que merece.

Isabelle: – Vem meu amor. – Parou na minha frente esticando os braços.

Manu: – Não quero! – negou cheia de marra cruzando os braços.

Débora: – Anda, vamo sentar pra comer. – Largo ela no chão que caminha até a avó com passos lentos se aproximando segurando sua mão pra comer.

(...)

Ae chefe, tá na escuta?

Pego meu radinho pra escutar o que Mendes tem para falar.

-solta a voz
movimento aqui na frente tá estranho, tamo de olho aqui qualquer coisa te passo a visão.
-jaé vou esperar tu falar demora não, quanto tempo tem isso
10 minutos
-fala pra todo mundo ficar em casa, não entra nem ninguém sai sacô?
Beleza.

Desde as Dezassete que tá todo mundo se preparando, não desceu nem subiu ninguém pra gente ter noção de como tá as ruas. Dia hoje foi de boa, cansativo mas foi bom, anoiteceu e todo mundo tava precisando de descanso e acontece um bagulho desse.

Bateu Duas e pouca da madrugada e a gente só escutou o barulho dos fogos e dos soldados com os fuzis descendo pra acabar com essa porra de uma vez.

Essa invasão não seria a primeira nem a última, meus soldados tão ligados que se subiu pra destruir a gente vai meter bala igual, sem caô.
As ruas tão vazias, só tem cachorro latindo e o barulho das bala por todo lado e canto.

Renan e Leco tá do meu lado fazendo minha cobertura, entro em um beco com minha camisa no rosto pegando o fuzil atirando neles, mando o Leco que tá atrás pegar o fuzil junto com as munições de todos que a gente mete bala, Renan na frente da a curva do beco ainda atirando.

Renan: – Vem aí quatro porra, prepara aí o fuzil na moral mermo. – A gente assim que vê os quatro de uma vez correndo pra atirar, atira também sem parar se protegendo, eu baixo pegando o radinho acionando alguém enquanto Renan e Leco atiram.

– Quero quatro no beco da entrada da rua nove, precisamo de cobertura. – Desligo o radinho, Levanto sem olhar e atiro sentindo um tiro de raspão perto do peito mais por baixo. – Porra. – xingo sentindo a ardência na região.

Leco: – Caralho Versalhes, tá maluco cara – fala gritando puxando meu ombro fazendo eu baixar mais gemendo de dor. – Caralho, não viu eles aí na frente.

Renan: – Porra. – Baixa pegando o radinho do meu lado falando – Coe parceiros eles tão chegando perto daqui. – olha pra trás pra gente se afastar

Mk : – Calma aí já tamo chegando

Renan: – Tô precisando de cobertura aqui, brota pô beco da rua nove.

Mk: – Tamo chegando Renan. – fala atirando nos dois políciais fazendo eles recuarem pegando os corpos afastando saindo do beco pra se proteger...

Mk e Leco tiraram meu fuzil das mãos me ajudando a sair daquele beco por trás tirando minha camisa do rosto pra pressionar o sangue

Mk: – Ae chefinho aguenta mais um pouco tamo chegando.

Entramos dentro da boca e eu continuei segurando a camisa pressionado firme tentando não gritar de dor.

– Aciona ai os cara Leco. – ele faz o que eu peço e eu olho atento no seu rosto, e me sinto aliviado quando escuto que eles tavam recuando falando que não perdemos muitos comparando com eles.

Mk: – Tá perdendo sangue pra caralho Versalhes. –  Baixo a cabeça afastando a camisa cheia de sangue percebendo que não foi de raspão o tiro olhando a pele furada jorrando sangue.

– Já chama alguém pra cuidar disso aqui pô. - falo fechando os olhos tentando controlar a dor me sentindo fraco pra caralho. – Renan Fala nada não pra minha mãe nem pra Any, mais tarde eu trato disso. – chamo ele avisando.

voltei e já quero postar o próximo kkkk...
não esquece da meta🫠

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