Capítulo 25

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Versalhes

Tô curtindo a banda de pagode que o Guilherme chamou no chá de revelação, Any se afastou legal de mim depois que eu aceitei o pedido do menor. Guilherme nunca foi muito colado a mim mas era meu moleque, na pior fase dele eu que ofereci toda assistência necessária pra ele, era foda, mas é uma parada que eu curto de fazer, cada dia que ele vai crescendo só aumenta na idade por que ele sempre vai ser meu moleque então eu entendi a parada dele me escolher como padrinho, considero demais. Recentemente ele se mudou com a família, de início eu cismei mas depois passou essa fase.

Guilherme: – Fala comigo meu chefe, tava cheio de saudade minha né ? – olhei pra ele negando.

– Foi tu que abandonou o pessoal lá.

Guilherme: – Tô correndo atrás do meu. – senta do meu lado pegando um cigarro.

– Tu não me disse que tinha parado de fumar ?

Guilherme: – Não começa. Posso ficar tranquilo uma vez na vida? – Olhei pra ele sem responder.– Qual foi Versalhes é só hoje.

– Tu quem sabe. Só não quero esses papos torto pro meu lado.

Guilherme: – Tô fazendo tudo direitinho papai, relaxa!

Encarei todo mundo que tava na minha frente inclusive Any que tá aceitando a terceira bebida do bar junto com outras meninas, vi ela caminhado quase tropeçando no chão, mó maluca essa daí só bebeu duas e já tá assim, fraquinha demais...

– Tu já bebeu quantas ?

Any: – Meu terceiro copo agora!

– Acaba esse e vamo lá pra casa

Any: – Porque?

– Tá quase tropeçando aí, vamo descansar um pouco.

Any: – Tu que é exagerado cara, onde que eu tropecei – A mandada tava querendo me enrolar mas eu já cortei ela legal, tava ignorante pra caralho, minha energia acabou e eu já sei o que vem a seguir então vou meter o pé. Assim que acabou a bebida arrastei ela pro banco do carro colocando o cinto com cuidado, enquanto ela reclamava. Caminho tava silencioso demais, Any desde que entrou pegou no celular e ficou mexendo, tava até estranhando essa calma toda dela, nem parecia que a minutos atrás tava toda mole sem conseguir ficar de pé direito. Ela guardou o celular na bolsa e colocou no painel do carro

Any: – To esperando você abrir sua boca pra conversar. – Começou. passei a mão no rosto olhando a estrada.

– Qual foi ? A gente ainda nem chegou em casa.

Any: – Mas eu quero conversar aqui e agora! – Falou toda autoritário querendo crescer pra cima de mim, é só ela beber que fica assim querendo que eu faça todas as vontades.

– Vai ficar nessa mermo? – Não respondeu, ficou olhando pra mim. – Não vai esperar a gente chegar em casa pra conversar?

Any: – Se tu não abrir a boca eu desço daqui mesmo, tô nem aí. – falou colocando a mão na porta do carro e eu como não sou louco tranquei logo, assim que eu vi o movimento dela. – para o carro Thiago. – falou estressada colocado a mão no cabelo .

CICATRIZES Where stories live. Discover now