Capítulo 28

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Versalhes

Logo cedo segui até a penha pra dar minha cara na reunião que o Alves marcou, a gente discutiu sobre como seria o processo. Ele falou o que queria de cada de mim e dos outros membros  de outras favelas que tinham aliança. O bagulho não foi resolvido mais uma vez, Alves acordou com o pé esquerdo pedindo permissão pra sair matando todo mundo até chegar no Branco, emocionado demais esse filho da puta, fiquei lá observando tudo sem comentar por puro desinteresse mermo, já deixei os caras falarem e averiguarem o caso outro dia, meu problema agora era ver minha filha e curtir com ela.

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Sigo até closet olhando meu rosto passando a mão nele, cheguei aqui de bermuda mas não queria ficar assim não, vesti uma calça preta junto com uma camiseta simples que tinha por aqui e ajeitei meu relógio no pulso olhando a hora, calcei meu tênis e segui até ao banheiro ajeitando meu cabelo e ficando cheiroso, sai do banheiro pegando minha arma e a carteira junto do celular que eu uso, senti a Any me olhar de lado quando guardei a arma mas continuei fazendo o meu. Desci esperando a bonita lá, dentro do carro com a janela aberta avistando os menor. Como eu sei que ela demora pra se arrumar fiquei olhando meu celular sem me preocupar pra fazer tempo.

Saio do meu pensamento quando tô trocando ideia com um dos caras e avisto a Any saindo de casa cumprimentando os meninos toda sorridente, sinto eles acenando ela com a cabeça e a mesma abre a porta do carro se ajeitando olhando pra mim ainda sorrindo, eu olho o conjunto de top e saia preta que eu trouxe pra ela, toda gostosa.

- Até que enfim achei que ia demorar mais umas 2 horas po. - olhei ela rindo descendo o espelho tocando no rosto passando o gloso que tinha na mão.

Any: - Dramático toda vida. - tirou o celular da bolsa colocando no meio das pernas . - Olha amor, tá vendo aquele ali. - Apontou pro Zezinho um dos moleque que trabalha pra mim. - Foi ele que falou comigo, fofinho de mais, gostei dele

- Fofinho é meu pau. - Analisei o cara. - Se continuar com esse papinho eu não vou entender legal não

Any: - Para de ciúme amor, olha aqui tá bom? Tá bonito. - colocou a bolsa no ombro pra eu ver como ficava, não percebia nada dessas paradas mas falei.

- Tá linda pô. - Pousou a bolsa passando a mão na minha nuca, puxei ela beijando. - Gostosa pra caralho, vamo lá. - afastei dela ligando o carro enquanto ela falava, guiando até o lugar onde eu queria que ela conhecesse

Segui a reta até ao bar de uma tia minha perto daqui, parei o carro já olhando o movimento, tava cheio pra caralho, sai do carro esperando a Any se ajeitar e peguei na mão dela passando na frente deixando os menor vigiando perto do lugar. Fui guiando até o balcão pra cumprimentar minha tia, dona do bar antes da gente sentar pra matar a saudade.

– Qual foi Tia. - Abracei ela que me deu um beijo na bochecha.

Eduarda: - Oi meu amor como você tá ? Tava morrendo de saudade meu filho, última vez que a gente se viu nem tatuagem tu tinha menino.

- É mermo, tempo passa.

Eduarda: Como é linda hein. - ficou intercalando o olhar em mim e na Any sorrindo.

- Minha mulher pô, gostosa de mais também. - Olhei pra ela que me deu um tapa ficando sem graça. Nem falei pra ela sobre a Manu por que acaba que eu não sou de expor minha filha pra gente que eu não lido todo dia, considero demais minha Tia mas preferi apresentar ela pra Any porque a gente tá aqui, foi nada planeado não . Só minha comunidade e alguns familiares sabem da Manu e pra mim é bom demais ser assim pelo risco que eu corro.

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