Capítulo 40

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Recadinho do coração nas notas finais...

[...]

Jungkook

Um mês se passou desde a morte da minha mãe. Minha rotina não havia mudado tanto, afinal eu ainda estava indo e vindo do hospital. Depois do enterro dela, eu fiquei uns dias ainda vivendo de forma intensa meu luto, mas eu precisava ser forte pela pequena Luz, que ultimamente não vinha tendo dias bons.

Nesse meio tempo, Jin veio conversar comigo sobre seu romance com Seojun e confesso que fiquei chateado, mas vê-lo feliz com Taehyung me enchia de uma felicidade sem tamanho. Passamos alguns dias estranhos, mas agora estamos bem novamente.

Hoje foi um dia importante para nós, pois finalmente havia chegado o resultado de compatibilidade de algumas pessoas que fizeram o exame para ajudar Luz. Eu e Jimin chegamos no hospital cedo e logo subimos para o quarto de nossa menina. A angústia estava presente em nossos corações e mesmo com poucas chances eu ainda acreditava que Deus seria bom com a gente.

Ao abrir a porta, nos deparamos com ela encolhida na cama. Seu corpo pequeno estava frágil e ela parecia com dor. Me abaixei próxima a ela e toquei sua pele sentindo-a quente.

― Ela está com febre. ― eu disse e Jimin se aproximou mais, sentando na cama com ela. ― Luz? Meu amor?

Eu a chamei e ela apenas resmungou sonolenta.

― Amor, procure uma enfermeira. ― eu pedi e meu marido logo saiu do quarto. Eu busquei uma coberta fofinha que havíamos comprado para ela e joguei por cima de seu corpo, sentindo-a tremer em meus braços.

Não demorou para Jimin voltar com uma das enfermeiras plantonistas que se apressou em verificar a temperatura e fazer os exames necessários.

― É muito sério? Ela vai ficar bem? ― Jimin perguntou um tanto desesperado.

― Ela está com quase quarenta graus de febre, então ela não está muito bem. Vou precisar chamar o doutor Lee.

A enfermeira saiu e Jimin desabou em soluços e lágrimas. Eu estava nervoso, sentindo meu coração apertado, mas não podia falhar.

― Querida? ― eu a chamei, ― Meu bem, acorde!

Luz abriu os olhinhos preguiçosos e sorriu para mim.

― Kookie... oi. ― sua fala era fraca, mas me fez sorrir, Jimin se sentou ao meu lado e fez um carinho no rosto da pequena chamando sua atenção.

― Por que você está chorando, Ji?

― Eu estava com muita saudades de você e por isso eu estava chorando, mas eu vou parar porque já estou vendo seus olhinhos que eu tanto amo e ouvindo sua linda voz.

Luz riu baixinho e respirei profundamente, sentindo minha garganta arder com a enorme vontade de chorar.

― Hoje nós vamos descobrir quem poderá ser seu doador e fazer você ficar boa, sabia? ― Eu lhe contei e ela abriu seus olhinhos de surpresa, mas logo seus olhos ficaram tristes e marejados.

― O que foi, meu anjo? ― Jimin limpou a primeira lágrima que insistiu em descer pela face da minha menina.

― Eu não sei se quero ficar boa... eu não tenho casa. ― sua fala nos pegou de surpresa. ― Eu pensei que meus pais viriam me buscar, mas eu estou aqui há um tempo grandão e... eles nunca voltaram. Eu... eu não sei se quero ficar boa...

Ela então chorou de forma dolorosa, me fazendo chorar também. Jimin abraçou ela, levantando-a do colchão de forma delicada e me deu espaço para abraçar eles dois. Luz estava devastada e isso me partiu o coração porque eu já a amava demais. Eu queria muito que ela lutasse e que pudesse ser nossa filha, por isso eu resolvi deixar as orientações da assistente social de lado e expor tudo para aquela criança.

AINDA EXISTE AMOR EM NÓS (Versão Jikook)Where stories live. Discover now