Capítulo 7.3 - Vamos Voltar Um Pouco

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A nossa conversa rendeu até a sopa ficar pronto, que demorou um bastante, depois de pronta escolhemos um filme para assistir e quando tomávamos da sopa, que por sinal era saudável e muito gostosa 😋, quando o filme acabou já estava tarde, estava cansada dei boa noite e fui para a cama.

Enquanto olhava para o teto do quarto pensei no que Miguel me disse, algo sobre uma batalha interna entre a luz e a escuridão, tento me lembrar o que causou o despertar do meu lado demônio que antes estava adormecido. Talvez tenha sido depois daquele pesadelo?(Cap. Pesadelo) ou talvez muito tempo atrás?


[UMA SEMANA ANTES DA TRAGÉDIA]


- Como eu queria tanto não ir trabalhar hoje - resmunguei.

- não fale isso querida - fala minha mãe.

- se esqueceu da sua felicidade ao conseguir um emprego? - pergunta meu pai - no momento que soube já estava mandando para todos da família que tinha conseguido um emprego - rir logo em seguida.

- disse até iria personalizar sua moto com o seu salário - relembra minha mãe - já desistiu?

- não é isso... é que agora que eu sei como funcionam as coisas lá... ficou meio repetitivo.

- Infelizmente alguns trabalhos são assim, sempre em algum momento vai se tornar repetitivo, são poucos os trabalhos que são novidade todos os dias - comenta meu pai.

- até para os jornalistas, nem sempre tudo é uma novidade.

- tá - resmunguei, me levantando da mesa da cozinha, era quase a hora de trabalhar, coloquei meu prato na pia - tchau mãe... pai - beijei a bochecha dos dois, fui ao banheiro escovar os dentes, peguei minha bolsa que estava pronta na sala e parti rumo ao trabalho, enquanto caminhava senti uma dor de cabeça repentina, e meu nariz escorrer... não estava doente, então porque? Passo a mão e vejo que era sangue? o que eu faço? isso nunca aconteceu antes, sinto meus olhos ficarem claros, quando pisquei já estava em outro lugar.

onde eu estava? olhei ao redor e só vi carros velhos e acabados.

- tá... respira fundo - suspiro, me concentro no beco ao lado do meu trabalho - agora sou eu que controlo.

agora eu me encontrava no beco ao lado do trabalho, minha cabeça estava girando demais, por que isso está acontecendo logo hoje? com o resto das minhas forças fui até a porta e a abri escutando o sino tocando com o movimento da porta.

- bom descanso - desejou meu chefe, mas eu acabei de entrar? Eu estava do lado contrário em direção a saída e não entrando, como não me lembro do trabalho? o que fiz hoje? tudo passou tão rápido, é estranho que eu não consiga me lembrar de nada.

Isso continuou acontecendo durante a semana toda, até que dessa vez eu lembrei de tudo, mas não entendi por que cheguei atrasada, é como se o relógio estivesse correndo para mim, tudo ta acontecesse e nem estou vendo e lembrando de tudo, tive até uma noite ruim hoje. Estou com um mau pressentimento.

- isso aconteceu hoje? que tragédia - o cliente comentou assistindo a televisão.

- foi aqui perto, aumenta a televisão por favor - pede o cliente e pego o controle aumentando o volume.

~ um casal é encontrado morto em sua própria casa, acreditasse que tenha sido homicídio, mas não a provas para encontrar o suspeito ~

olho para a televisão e o jornalista estava em frente a minha... casa? o copo que eu estava secando caiu no chão, o som do vidro se quebrando está em harmonia com a minha mente.

- Ei moça, você está bem? se machucou? - pergunta o cliente. Meus olhos estavam lacrimejando neste momento, não podia ser verdade, olho para o meu chefe.

- pode ir, não se preocupe comigo.

Tiro meu avental, e corro para a saída, me teletransporto para frente da minha casa, as sirenes, as luzes azuis e vermelhas, o barulho das conversas das pessoas ao redor, atravesse elas e passei por baixo da faixa da polícia.

- você não pode ultrapassar moça - adverte a policial.

- por favor... deixe-me entrar... essa é minha casa... eu vi eles hoje de manhã... não pode ser possível - estava soluçando tanto, minha bochecha estava tão molhada.

- por isso mesmo não posso deixar você passar, isso não seria uma boa visão - coloca a mão sobre meu ombro, tentando me consolar.

o que eu faço? se eu tivesse ficado em casa? Eu teria usado meu poder para protegê-los, isso não teria acontecido, isso é minha culpa.


continua...


esse passado explica tudo, tão doloroso para ser superado facilmente, os sinais estavam tão claros, mas ela não sabia identifica-los, que pena.


mas enfim, aqui vai um capitulo, que acredite ou não foi completamente improvisado, e a primeira versão, escrevi tão rápido que parecia que eu estava assistindo o que estava escrevendo.😅


até o próximo capítulo!

A Irmã dos Winchesters [1º versão]Where stories live. Discover now