🔵 George Jung #3

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      𝔖𝔢𝔫𝔱𝔦𝔯𝔞𝔪 𝔪𝔦𝔫𝔥𝔞 𝔣𝔞𝔩𝔱𝔞?

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      Meados dos anos 70. Rock, cigarros, sexo, drogas... Tenho que dizer mais? Cada pessoa sabia seu lugar na sociedade, e eu diria que se dividiam em no mínimo 5 partes: Os roqueiros, hippsters, traficantes, amantes e estranhos. Não que um roqueiro não possa ser romântico, mas você sabe muito bem como eles eram, assim como os traficantes. Meu olhar estava vidrado ao agora, ao momento presente, meu peito ardia conjunto a aceleração do meu respirar, vendo diante dos meus olhos a figura de George, sendo arrastado para longe de mim, sobrando apenas um sentimento de vazio, enquanto o desespero tomava conta do meu ser totalmente. Me debati pois estava sendo segurada pelos braços por Derek que tentava apartar meu pranto. Quando abri os olhos, percebi que era um pesadelo...

        Não há o que se preocupar...

       Sentei-me de uma vez, esfregando meus olhos e bocejando um pouco, logo virando o olhar para as portas da varanda da casa chique que estávamos, suspirando e sentindo cheiro de maconha subir lentamente pelas minhas narinas. Andando lentamente até as portas entreabertas, encontrei meu noivo com seus cabelos amarelados presos para trás, inclinado na sacada e olhando para algo. Suspirei novamente e vi o relógio, batiam ás 5 da manhã, certamente era de se estranhar vê-lo acordado essas horas, "já que o trabalho" foi cansativo, em suas meras palavras.
     Aproximei-me e abracei suas costas, sentindo ele tomar um breve susto e relaxar no meu abraço, encostando uma de suas mãos nas minhas, respirando profundamente. Virei-o para mi, encarando seus olhos, pegando seu cigarro e tragando um pouco e não que eu gostasse, mas era só para acompanhá-lo; percebi seu olhar estar demonstrando insônia, piscavam lentamente, mas também pode ser pela maconha.
   
      Acariciei levemente seus fios ondulados para trás de sua orelha, beijando suavemente seus lábios e sentindo o gosto de whisky em seus lábios, sabendo que ele estava tentando apelar pela tática de beber e fumar para dormir... Compreendo-o como a palma da minha mão. 

      — O que foi? Não consegue dormir porque?

      — Não sei, mal pressentimento talvez. Suspeitei ser o calor que está fazendo hoje, mas vi que aqui fora tem um pouco de ar.- completou, olhando para meus cabelos, acariciando-os para trás com a mão livre, tragando seu cigarro com a outra e o jogando para fora da sacada, colidindo com o chão e apagando.

      — Sei... o que está pensando? Não minta pra mim...

      — Olha, dentre tanta coisa, dentre os testes de gravidez que deram negativo recentemente, pensei muito se você acha que eu seria um bom pai. Sabe como é, eu sou um desgraçado propenso a ser morto a qualquer momento, eu não iria querer ser um fardo para o nosso futuro bebê.

       Disse, olhando de volta para cima num tempo que já estava clareando, provavelmente querendo saber minha opinião, mas a única coisa que me passava na mente, era justamente o sonho, a confusão, o desespero. Eu também não iria querer um pai morto ou preso para meus filhos, talvez ele só estivesse pensando demais, mas o percebi se mover para ficar cara a cara de novo:

     — Agora é a senhorita que pensa demais.- riu, balançando a cabeça e soltando seus cabelos da xuxinha, me fazendo sentir o cheiro masculino do mesmo... Droga, ele também me conhecia como a palma de sua mão.

     — Eu certamente devia ter imaginado que ficaria clicando nesse assunto.

     — Porque é recente, me abriu a cabeça pensar que tipo de pai eu seria. Como acha?

     — Quer a sinceridade ou o modo gentil?- falei, dessa vez, eu que dei risada, sentindo seu olhar desafiador e pensativo.

     — A sinceridade

         Concordei, encostando-me na cerca da sacada, olhando para o céu onde ele estava olhando antes, pensando numa linha de raciocínio que nos fez chegar aqui, até virarmos de desconhecidos a amantes, de amantes para noivos. Realmente, era algo sério a se pensar, visto que nossa jornada sexual era ativa, cada dia mais acesa, logo, a possibilidade de gravidez também é alta. Me limitei a suspirar pesadamente, preparando e separando palavras, me lembrando da nossa primeira suspeita de gravidez, e não nego, nunca o vi tão afoito e claustrofóbico , então já imagino sua reação se aquilo fosse real. Após pensar por uns 20 minutos, naquele silêncio do amanhecer, olhei para ele e decidi falar meu ponto de vista:

     — Olha, acho que seria um bom pai, falo de você como homem. Tem um bom caráter, até porque se não tivesse, eu nunca lhe daria nenhuma atenção, então não é algo preocupante ou que eu deva tomar cuidado. O real e único problema, é a sua ficha. Você, mesmo se saísse dessa ida, ficaria marcado, até mesmo eu estou marcada como cúmplice, então não é só você o problema. Há possibilidades de nosso filho ser praticamente orfão, ausente da nossa presença totalmente, seríamos como sombra dele, e não pais. Sendo sincera prefiro abolir a ideia de um filho por agora, até terminarmos essa porra toda e ter uma conclusão.- ele concordou, encostando sua mão em minha cintura, encarando profundamente meus olhos com aquelas orbes tão intensas e profundas, faziam meu ar sair. Segurou lentamente minha nuca puxando-me mais para próxima dele, acariciando-a e concordando diversas vezes com a cabeça, fazendo meu ar escapar um pouco e atingir seus lábios.

       — Então, será muito provável que vamos sair disso tudo antes de algum maldito coloque nossas mãos em um objeto metálico, que pra certas situações... É bom.- sussurrou nos meus lábios, me fazendo concordar com uma risada sincera, acariciando minha nuca, aproximando-se mais ainda para juntar-nos, mas um estrondo se fez presente.

᯾᯾᯾᯾᯾

♡Johnny Depp Imagina❤Where stories live. Discover now